domingo, 12 de agosto de 2018

Mentalizámo-nos que precisávamos de uma forma alternativa de ir ao Kosovo, à medida que a caixa do meu email se foi enchendo de respostas negativas das companhias de aluguer de carros.

Um aspecto crucial que, na nossa ignorância, não considerámos convenientemente logo no início: as empresas de aluguer sérvias não são propriamente atreitas a permitir que os seus carros atravessam a fronteira para o Kosovo e a Albânia. Muitas consultas depois, conseguimos uma que permitia a entrada na Albânia, sem a qual iriamos ter sérios problemas logísticos. A busca revelou-se infrutífera em relação ao Kosovo – em retrospectiva, um resultado lógico e óbvio.

Mas, pelo menos, conseguíamos tornear a impossibilidade de conduzir no Kosovo: a ideia era deixar o carro em Nis (lê-se “Nich”, tem um acento circunflexo invertido sobre o “n”), no sul do país e perto daquela região, apanhar um autocarro para Pristina e fazer as demais deslocações de transportes. Simples. Segundo as informações que vimos online, teríamos um autocarro às 8h, pelo que, no tal dia, tínhamos a estação de autocarros à nossa frente, um bocado antes da hora de partida. Na mochila, tínhamos as sandes que simpaticamente nos prepararam no hotel para comermos pelo caminho, porque o pequeno-almoço só começava às 7h30.

Dirigimo-nos à primeira coisa que nos pareceu ser uma bilheteira e aí, indicaram-nos outra. Na segunda bilheteira, a mulher demorou um pouco à procura no computador. Depois disse-nos que tínhamos um autocarro às 18h. As subsequentes tentativas de lhe tentar, assim como à colega do lado que falava melhor inglês, mostrar o que estava no site embateram sempre no mesmo problema: a informação que tinha era que havia um autocarro às 7h (onde é que esse já ia) e outro às 18h. Parecia o “computer says no” do Little Britain.

Desistimos, apesar de a desfeita ainda ter levado uns minutos a ser verdadeiramente assimilada e interiorizada. Não valia a pena esperar 10 horas pelo autocarro da tarde – não havia nada de interessante para passar o tempo – e podíamos vir a deparar-nos com dificuldades análogas no regresso.

E foi assim, que, frustrados, rapidamente congeminámos o plano alternativo de ir até Sófia. Afinal não era assim tão longe. Mas antes, uma paragem estratégica num café com wifi permitiu-nos explorar a possibilidade de tentar visitar o Kosovo a partir da Macedónia (assim como escolher um hotel na capital búlgara). Porque, assim como com as questões do carro alugado, certamente a dificuldade de transporte será maior do lado da Sérvia. Confirmou-se: há bastante informação sobre autocarros para o Kosovo a partir de Skopje e com muito mais possibilidades de horário.

Com este plano na manga, voltámos ao nosso carro e fizemos os cerca de 250 quilómetros até à capital búlgara.

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