sábado, 11 de agosto de 2018

A fortaleza era o único ponto de interesse que tinha no planeamento.

Do pouco que me informei online, pensei que seria capaz de nos entreter: tínhamos feito uns 200 e picos quilómetros desde Belgrado – um trajecto muito simples face à bitola média de toda a viagem (já lá vamos) – e ocupávamos agora o remanescente da tarde. Depois de entrar na muralha – que, ainda assim, mereceu o benefício da dúvida – deparámo-nos, no interior, com o que poderia ser um qualquer parque. Rapidamente se esgotou e ficámos sem mais para explorar.

Depois de ter visto sinais de proibição de armas de fogo na porta de alguns restaurantes, acabámos por nos sentar na esplanada de um com aspecto de ter pouca experiência com turistas. Após alguma luta para decifrar o que constava do menu, pedimos, ao empregado de trato seco, uma sopa, para abrir as hostilidades, e depois as típicas carnes grelhadas. Estas (supostamente) viriam acompanhadas de batatas fritas e eu pedi para adicionar uma, como estava escrito no cardápio, “albanian salad.”

A sopa chegou e veio acompanhada de um prato de pão polvilhado com umas especiarias que se vieram a revelar particularmente picantes. É certo que referiu que se tratava de algo albanês, assumimos que seria algo que se servissem tradicionalmente com a sopa. Quando chegou a vez da carne grelhada, não vimos nem batatas fritas nem a dita salada e optámos por não levantar a questão, até porque, seguramente, já não viria a tempo.

Mas, claro, redobrámos a atenção quando veio o papel manuscrito com a conta que, ainda assim, incluía a tal salada albanesa (detectada pelo preço, não pelo rabisco). Quando chamámos a atenção para a questão, recebemos a explicação, altamente duvidosa, de que aquele prato de pão picante que me fez beber a cerveja fresca era, efectivamente, a “albanian salad”.

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