terça-feira, 14 de agosto de 2018

Barrigudo e de sorriso na cara, cumprimenta-nos com o “dobro den” da praxe.

Entrego-lhe os passaportes e os documentos do carro. Olha alguns segundos e, antes de me os devolver, diz três palavras
Portugal football out
Respondemos-lhe – seguindo a mesma lógica de debitar algumas palavras sem grande consideração para com a construção frásica – que sim, que foi demasiado cedo, com uma cara de “que é que se há-de fazer?”. Seguimos caminho por estradas onde as placas estão escritas em cirílico, alfabeto latino e em albanês

É difícil colocar Skopje (recuso-me a escrever Escópia) numa dada gaveta, arrumá-la numa determinada prateleira. Não se parece com nada que conheça. Não tem as características das cidades europeias, seja as dos países de leste que lhe são mais próximos, seja das mais ocidentais. Mas também não é uma cidade de um país muçulmano, apesar das mesquitas. Deixa-me uma impressão quase inconsequente: sem nunca ter estado num desses países, remete-me (como se fosse possível) para as cidades da ex-repúblicas soviéticas.

Ao longo do rio de aspecto muito pouco convidativo, são vários os bares e restaurantes com boa pinta e aspecto internacional. À noite, estão a rebentar pelas costuras e é difícil arranjar uma mesa sem reserva. Durante a refeição, pedintes, maioritariamente de etnia cigana, tocam-me no braço e estendem a mão até ser corridos pelos empregados. Aqui assistimos à meia final entre a Croácia e a Inglaterra e a esmagadora maioria dos clientes feitos espectadores torceu pela equipa de camisola aos quadrados.

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