domingo, 31 de julho de 2011

Não percebo porque confio em ti.

Não percebo mesmo. Tens tudo para eu te evitar, para me resguardar, fugir de ti a sete pés. E, no entanto, aqui estou, parado, à espera do embate.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sector

Pela primeira vez senti a distância. Ou melhor, o problema da distância – porque a distância não é forçosamente negativa. As duas e tal, três horas de trajecto ganharam uma dimensão que ainda não tinham tido. Um entrave, um bloqueio. E pela primeira vez quis estar mais perto.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Repensar tudo.

De uma ponta à outra. Pesar prós e contras, vantagens e desvantagens. Repensar implica – ou deveria implicar – que já se pensou nisso. Nisso tudo. Quando penso em repensar, reparo que se calhar nunca houve um pensar no início. Quando penso nisso, reparo que provavelmente nunca pensei. E portanto, isto agora não pode ser um repensar. Por construção. Quando muito é apenas um pensar. E, na volta, o primeiro deles todos. Aquele que pensei que tinha feito quando provavelmente o deveria ter feito. E que agora me impede de repensar.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Start me up

Se este gajo pode chegar aos 68 anos então eu deveria poder ir até aos 879.

Petrus

O verão já passou, ocorreu naquele período de tempo que normalmente se designa por primavera. Dias (relativamente) quentes, céu azul sem nenhuma ameaça no horizonte. Agora a instabilidade é a palavra de ordem. Ora pode estar um sol simpático como na hora seguinte cai uma carga de água por entre relâmpagos ameaçadores. Isso e uma temperatura agradável que rapidamente se transforma em frescote – no domingo estiveram uns 15 graus. Nem parece Julho. A conclusão é que o São Pedro está um bocado desleixado em matéria de variações térmicas bruscas. Ou isso ou está na menopausa.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Cenas

De repente ocorre-me que ainda me faltam colocar alguns textos sobre o Canadá. Que ainda precisam de uns retoques, deixei-os ficar na gaveta e depois, está-se mesmo a ver, acabaram por ficar mesmo lá porque entretanto surgem outras coisas e eu meto a carroça à frente dos bois. Mas fica prometido. Acho eu.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A minha estranheza intriga-te.

Deixa-te a matutar. Perturba-te. Desconcerta-te. E leva-te a pensar que sou eu que a fabrico apenas para te produzir este efeito. E até certo ponto és mesmo capaz de ter razão. Cultivo-a e a exagero-a porque acho que é uma óptima companhia. E porque, sejamos honestos, adoro o teu desconcerto.

domingo, 24 de julho de 2011

Board of keys

Deixa-me que te escreva. Melhor: deixa-me escrever-te. Escrever-te a ti. Só a ti. Só para ti. Promete-me que lerás, que o lerás. Que te lerás.

sábado, 23 de julho de 2011

Porcaria

O exercício incidia sobre uma qualquer componente da gramática de que agora não me consigo lembrar. Era um conjunto de frases, para aí meia dúzia, e todas tinham uma ligação qualquer com circo. Imediatamente antes de mim, calhou ser o italiano a soltar um disparate que soou particularmente bem. Como a qualquer disparate são devidos, impunham-se alguns risos, necessidade que aliás foi prontamente correspondida por um bando de jagunços sempre à espera de um palhaçada qualquer para gozar um bocado.
E depois era eu. Nächste an der Reihe. Concentrado na correcta colocação das palavras – a colocação das palavras é um aspecto importantíssimo em alemão – disse a frase lentamente mas com convicção. Em troca, recebi um silêncio. Curto. Depois de uma espécie de advertência. E um pouco para repetir. E eu voltei a fazê-lo com a melhor cara possível, embora, claro, a convicção eventualmente já estivesse em queda, típico de quem é apanhado num erro sem conseguir perceber onde raio o está a fazer.
E desta vez, da segunda vez, riram-se. E eu sem perceber. Estupefacto. E aí um tipo pensar em todas as dificuldades possíveis e imaginárias do raio da gramática. Mas, aparentemente, era algo mais elementar, basilar. Os alemães urram “scheinwerfer” quando se querem referir a um holofote ou projecto (enfim, também pode ser o farol de um carro). Faz algum sentido: “schein” é brilho e “werfer” é aquilo que atira. Logo, coisa que atira brilho é um holofote. Ora acontece que – e eu continuo pouco convencido – o motivo da risota foi um lapsus linguae meu. Em vez do dito “scheinwerfer” saiu-me “schweinwerfer”, algo de que não me apercebi rigorosamente nada. Ora, seguindo a mesma lógica, “werfer” é aquilo que atira só que, neste caso, a primeira palavra, “schwein”, significa porco. Na cabeça de um alemão de imediato surge um homem a mandar porcos. Ainda para mais, dado o contexto de circo do exercício, de imediato se ouviram grunhidos, rufos e música de circo na sala de aula e coreografias do que seria um exercício na arena do circo que consiste em começar por atirar porcos pequenos e, como grande final, acabar com um grande porco.
Eu próprio também ri. Abundantemente. Com alguma dificuldade em parar. A verdade é que o Hans, um tipo meio estranho para ser professor mas que até se está a revelar indicado para a tarefa, ficou fascinado e colocou esta gaffe no topo do seu compêndio das asneiradas de alunos. O fascínio foi tanto que até conseguiu pôr frases que referem a expressão nos testes que periodicamente resolvemos e que mostram paulatinamente o quão temos dificuldade em lidar com as rasteiras da língua. De tal forma que até inventamos palavras novas.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sentar-me a escrever.

Depois de mais um dia agitado, de uma ida ao ginásio extremamente ridícula – não passou do balneário, local onde me apercebi que me tinha esquecido de parte do equipamento necessário e não me apeteceu ir de boxers. Sentar-me a escrever. Depois de dias, vários dias, semanas, em que começo de manhã e acabo em casa às dez, onze da noite à luta com folhas de cálculo e linhas de programação. Hoje estou cansado – se calhar até não é mau que me tenha esquecido da porcaria dos calções e não vá ao ginásio – se calhar foi o meu subconsciente a providenciar esse momento de descanso. Hoje estou cansado e de certa forma aliviado porque não há mais um evento de sexta-feira à noite ao qual inexoravelmente acabe por ir – e isto de certa forma lembra-me que se calhar até é mesmo melhor desligar o telemóvel não vá alguém ter ideias e lembrar-se de ligar. E assim, sento-me aqui a escrever. Antes de abrir o frigorífico e decidir o que posso comer sem ter fazer nada, pensar nada. Sem ter que decidir, no fundo, hoje só me apetece ter uma sexta-feira calma, uma noite de sexta-feira porque o dia nem vos conto. Estou cansado mas com vontade de escrever, o que até me deixa bem-disposto, ando a descurar a escrita há algum tempo. E estou a escrever com uma fluidez que justifica a minha vontade de escrever. Há uma lista de coisas que tenho para fazer, ali à frente dos meus olhos e eu vou propositadamente ignorá-la, desrespeitá-la. Escrever textos não está na lista mas se calhar vou acrescentar. E assim posso legitimar esta vontade que me está a dar, este vaipe – acabei de abrir o dicionário para ver se esta palavra existe e curiosamente existe, eu que pensava que era uma modernice estrangeirada. Sim, cansado. Escrever e pôr um certinho à frente da entrada que vou adicionar à lista. Assim. E pronto. É capaz de ser tudo. Até amanhã.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sobre caixas de supermercado

A funcionária por detrás da caixa olha para mim mas não diz rigorosamente nada. Aproveita o momento de espera enquanto a tipa que está à minha frente na fila vasculha o interior da carteira à procura da quantia em dívida para passear um pouco os olhos. Mas sempre sem dizer nada. A tipa da lista negra momentânea finalmente cospe a quantia para um pratinho plástico, diz obrigado e retoma a tarefa de enfiar a tralha toda nos sacos. O tapete preto à minha frente mexe e as minhas compras chegam às mãos funcionária. Volta a olhar para mim e, só desta vez – agora que as minhas tralhas estão nas suas mãos – dirige-me um cumprimento que eu delicadamente devolvo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Vikings

A minha primeira verdadeira experiência hardcore com o IKEA - leia-se proceder à aquisição, transporte e montagem de cama, mesa e armário - nem sequer foi para benefício próprio. Mas deixou marcas. Profundas.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sou o primeiro a chegar.

Cumprimento. Escolho o meu lugar, deixo tudo preparado enquanto espero. Vai arrumando enquanto os demais não chegam. Sento-me no chão numa posição de confortável. Fecho os olhos. Rodopio um pouco a cabeça. Estiro os músculos, sobretudo do lado direito, mexendo a cabeça para a esquerda. Depois de repetir o gesto algumas vezes, abro lentamente os olhos. Está a olhar para mim. Pergunta-me se me dói o pescoço. Digo que não, está apenas um pouco tenso. Diz-me que então preciso de uma massagem. Largo um sorriso.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Chapter V

Saímos das montanhas e de repente o verde escandaloso desaparece, fica seco. A paisagem muda, mais árido, as árvores desaparecem. Tufos aqui e ali, parece tundra. Os rios arrastam o castanho da terra e da poeira nas águas turbulentas. Mas só por algum tempo, à medida que nos aproximamos do mar, o verde volta a ganhar vida, o arvoredo reaparece.



O ferry faz a ligação entre Horseshoe Bay e a povoação de Nanaimo na ilha de Vancouver em cerca de hora e meia de trajecto. O ar está parado e o dia quente mas rapidamente o mar e a deslocação de ar arrefecem os ânimos. O dia brinda-nos com um céu de um azul claro ponteado de nuvens leves e translúcidas. Fico no deck superior quase o tempo de máquina em riste. Ao fundo vejo um skyline de torres altas – possivelmente é Vancouver que só veremos no dia seguinte quando deixarmos a ilha para trás e terminarmos o percurso naquela cidade.


Ainda temos uma centena de quilómetros para fazer entre Nanaimo – onde não paramos – e o objectivo do dia – a cidade de Vitória. À medida que nos vamos aproximando da cidade e progressivamente entramos, nota-se uma certa “pacificidade” na paisagem, isto é, semelhanças com outras regiões banhadas pelo mesmo oceano. As casas fazem-me lembrar São Francisco: pitorescas, de madeira, coloridas e com uma vidraça de duas arestas na frente. Um pequeno jardinzinho e um logradouro para o carro citadino. No centro, o edifício do Parlamento é o grande marco da cidade. À frente, uma estátua da Rainha Vitória que lança um olhar sobra a baía repleta de barcos e, ao lado direito, uma árvore milenar que é enfeitada todos os anos por ocasião do Natal.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Chapter III

O autocarro segue em velocidade cruzeiro na estrada que ombreada por árvores que formam uma densa e espessa vegetação. De repente, uma travagem algo brusca e o condutor encosta à direita de imediato. Ainda não consegui perceber a razão da guinada quando olho e vejo, do outro lado da rede que impede a passagem de animais para o alcatrão, um urso que pacatamente mordisca umas ervas. Impávido e sereno, não mostra qualquer interesse nos veículos que passam rápido na estrada nem naqueles cujos curiosos param na berma para o observar mais de perto.

O nome vem do som do vento na montanha. Whistler. Parece que assobia. A cidade parece uma Disneylandia dos turistas de neve. Os hotéis, as lojas, os restaurantes, tudo é plástico e artificial. Albergou a aldeia olímpica dos jogos de Inverno de 2010e resumiu a sua actividade de estância de esqui. Mas nem por isso está vazia no verão, quando normalmente não há “inverneantes” neste tipo de locais porque as pistas estão impraticáveis. Conseguiu diversificar a sua oferta. O teleférico – mais outra “gondola” – é partilhado entre os turistas que querem por momentos fugir do sol e pisar a neve nos picos e uns quantos de capacete e joelheiras que descem a encosta de bicicleta. Os viciados em adrenalina ficam num nível intermédio onde a neve não chega enquanto os de máquina fotográfica em riste continuam mais outro nível até lá em cima onde o chão está totalmente branco e a temperatura desce acentuadamente.

domingo, 10 de julho de 2011

Chapter II

Banff está escondida no trilho escavado pelas montanhas. Não se lhe pode dar a designação de cidade – uma rua principal ladeada de casas e hotéis – sobretudo hotéis. No troço final da rua, a zona central a que os locais chamam “downtown”, como se uma rua principal ladeada de casas e hotéis pudesse ter uma baixa. Um edifício administrativo (enfim, uma casa), uma igreja, algumas lojas e restaurantes. Umas senhoras japonesas entram no autocarro da linha 1 e saúdam o condutor na linha materna enquanto lhe mostram o passe: “Konichiwa”. Percorrida a baixa, atravessada a ponte, o autocarro segue por entre a vegetação até chegar ao sítio onde se apanha o teleférico. Por alguma razão estranha e pouco perceptível, os canadianos chamam “gondola” a este meio de transporte que em poucos minutos nos despeja no alto de uma das inúmeras montanhas. A vista (quase) vale os vinte dólares do bilhete de ida e volta.

sábado, 9 de julho de 2011

Eyes wide shut

A propósito da cobrança das portagens na ponte 25 de Abril no mês de Agosto, vejo uma reportagem que termina com um vox populi. Extremamente enviesado, toda a gente contra a medida. Um dos tipos entrevistados, sem querer, dá uma das melhores lições de ciência política dos últimos tempos. Diz qualquer coisa do género acho isto errado porque para mim e para quem usa a ponte faz diferença e não é por mais um bocado que se gasta aqui que o Estado fica sem dinheiro; o que é preciso é atacar os pequenos gastos que o Estado tem, aqui e ali, e que somados perfazem demasiado.

Como, por exemplo, a isenção de portagens na ponte 25 de Abril em Agosto.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Foie gras

A primeira vez que vi a cara de satisfação dele quando o cumprimentei achei um pouco estranho. Depois vi a forma como um colega o despachou quando parou à porta do gabinete dele e deixei de estranhar. Sou incapaz de não lhe dar um hallo ou abend enquanto despeja o meu caixote do lixo e mando-lhe um tchuss para o caminho. Um dia, despejei uma garrafa de água em cima do tampo da secretária quando ele estava para entrar a porta e prontamente me ajudou a limpar a porcaria. Agradeci-lhe, claro está, ainda mais do que o normal.

E depois há a senhoria do café. Que mesmo servindo-o a conjunto de mânfios potencialmente rudes e indelicados – daqueles que se acham demasiado lá em cima para perder tempo com a senhora do café – presenteia toda a gente com o mesmo sorriso escancarado. De início falava-me em italiano, por vezes em alemão. Agora já sei que é grega e se chama Dimitra e ela já sabe o que peço, nem preciso de dizer. Ti kanis? Pergunto-lhe eu e ela kala! Agradeço como o meu efaristo e ela parakalo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Badge

Entro no elevador juntamente com um tipo cuja cara reconheço dos corredores ou de uma reunião qualquer. Espanhol, se a minha capacidade de julgar aparências e sotaques não me falha. Andamos dois andares, o elevador faz a primeira paragem e entra outro tipo. Alemão, também pela aparência e o sotaque. Aparentemente, os dois conhecem-se. Cumprimento de circunstância, conversa da chacha. O alemão diz ao outro que leu qualquer coisa que deveria ter sido feita pelo espanhol e o outro nega, diz que foi feito por uma terceira pessoa. O alemão, como bom alemão, faz qualquer som supostamente em inglês que é o equivalente ao “ach so” que era aquilo que ele no fundo queria dizer. E depois cala-se. O tópico esgota-se. Faltam alguns andares até à primeira paragem e o fim daquele silêncio incómodo, constrangedor. De repente, o alemão diz-lhe “your badge is upside down”. De facto, o espanhol levava o cartão pendurado ao pescoço e tinha a fotografia e o som de pernas para o ar. Estupefacto com a chamada de atenção do outro – que ainda por cima encheu o peito como alguém que acaba de salvar o amigo de morte certa – lá conseguiu fingir que lhe agradecia.

O elevador faz aquele som como quem diz chegámos, as portas abrem-se e o alemão sai, fica a composição original, eu e o espanhol. Eu esboço um sorriso e o tipo olha para mim com uma cara “já viste esta merda…?”

terça-feira, 5 de julho de 2011

Chapter I

À medida que vamos percorrendo os corredores de alcatifa clara e feia, senhoras e senhores com idade para serem meus avós, com coletes vermelhos e camisa branca, gravatinha pequenina à série televisiva Dallas e chapéu de cowboy, vão passando em carrinhos de golfe. Dizem o “welcome to Calgary” da praxe e indicam-nos o já de si óbvio caminho em direcção à alfândega e, claro, a saída do aeroporto. Respondo às perguntas do “what is the purpose of your stay” e “how long are you staying” e, em troca, recebo um carimbo.

Como a maioria das cidades do Canadá, Calgary nasceu com o progresso da linha do comboio de este para oeste. Teve outro ímpeto, em anos idos, que foi a corrida do ouro. Depois o ouro escureceu e o desenvolvimento da cidade passou a vir a reboque da corrida ao ouro negro. O petróleo é hoje em dia a seiva que corre nas veias da cidade: as torres que rasgam o céu são maioritariamente dos escritórios das empresas exploradoras de recursos naturais e de instituições financeiras atraídas pelo mesmo negócio. O subsolo é a razão de ser não só da cidade mas do próprio estado de Alberta e que o torna no estado mais rico do país e com os impostos mais baixos.

Mas os marcos e os traços do provincianismo continuam muito visíveis, do aspecto das pessoas às carrinhas e pickups de quem trabalha no campo e precisa de um veículo de trabalho adaptado. Assim como o símbolo do cowboy está bem vivo. A Calgary Stampede é uma festa que se realiza todos os anos e que, tirado por miúdos, é basicamente um rodeo. Corridas de cavalos e carroças, tipos a tentar sentar o rabinho no lombo do touro o máximo de tempo possível e animações deste género aparentemente geram o interesse a muita gente que se desloca de longe para vir a este festival que dura cerca de uma semana.

Vinte dólares dão acesso ao elevador que leva ao alto da Calgary Tower, uma daquelas torres que todas estas cidades parecem desesperadamente precisar mais que não seja para levar os tais vinte dólares por cabeça ao incauto turista. Lá de cima, ao fundo, para lá do alto das torres dos escritórios, vislumbram-se os cumes de neves eternas das Montanhas Rochosas. É para lá que o autocarro se dirige no dia seguinte.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Plenitude

«A Leonor foi um ser humano incompleto; faltaram-lhe as indispensáveis doses de imperfeição e de desarmonia.»

Elegia para um caixão vazio, Baptista Bastos