quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

O dia seguinte traz-nos uma das deslocações mais longas.

São quase 600 quilómetros de estrada, por vezes duvidosa, até perto da fronteira com a África do Sul. Estamos em pleno deserto do Kalahari que, como ficamos a saber, afinal é apenas um semi-deserto, já que o nível de pluviosidade é um pouco superior ao dos desertos a sério. Até nos desertos há discriminação.

Fazemos um pequeno passeio até ao topo de uma elevação, onde foi instalada uma plataforma de observação. Dali vemos o pôr-do-sol, bombardeados pelo vento que, lá em baixo, faz pequenos tornados, de curta duração, com o pó. Descemos e aproveitamos a pequena piscina, de água um pouco salgada do (semi-)deserto, virada para o buraco de água onde os springboks e os órix abastecem. Não o sabemos ainda nesta fase, mas a piscina virada para o chamariz dos animais vai ser uma constante desta viagem. À noite, bebemos chá rooibos nas cadeiras da rua, a partilhar um cigarro, repletos de repelente de mosquitos.

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