terça-feira, 19 de junho de 2018

O semi-rígido com duas fileiras de bancos almofadados está por nossa conta.

Para além de nós, só está no barco o skipper e a guia que ajudará a identificar as espécies de animais. Com um oleado pesado e um colete salva-vidas por cima, sentamo-nos enquanto o barco lentamente se aproxima da saída do pequeno porto e, após passar o molhe, acelera no mar aberto.

A direcção é definida com recurso a uma intensa troca de informações com outro barco que procura cetáceos e com o pessoal em terra. Pouco depois, temos à nossa frente um grupo de cachalotes, identificáveis pelo sopro que se projecta para a frente e para a esquerda, dada a colocação do espiráculo. Algumas baforadas de ar e espuma e vemos as caudas erguer para o mergulho profundo, do qual só deverão voltar a surgir após uns bons três quartos de hora.

Seguimos à procura de mais fauna marítima e vamos deparar-nos com alguns grupos de golfinhos moleiros, criaturas que, contrariamente aos golfinhos que estamos mais habituados, não são sociáveis. Afastam-se do barco, é necessário estar constantemente a procurá-los no meio das ondas. São poucas as vezes que temos oportunidade de ver o corpo destes animais, de focinho arredondado e sem a forma pontiaguda.

No regresso, a visão apurada dos nossos anfitriões levam-nos a interromper a o motor que faz o barco deslocar-se a grande velocidade. Na água, vislumbramos uma tartaruga boba, que se mantém alguns instantes perto da superfície antes de iniciar o seu mergulho.

De regresso a terra firme, somos presenteados com um diploma que atesta as espécies que vimos, assim como um chá quente, bolachas mulatas e um óptimo licor.

Sem comentários:

Enviar um comentário