domingo, 22 de fevereiro de 2009

A atracção (do abismo) dos extremos

Para além das consequências típicas, alardeadas e bastante mediáticas da crise económica, há um fenómeno de alastramento da demagogia que, não sendo exclusivo de tempos de tempestade, é por eles fomentado.

É curioso ver o Paulo Portas a atacar banqueiros e ricos. Do alto do fatinho às riscas e do cabelinho bem arranjadinho. Mas faz todo o sentido, dentro da sua estratégia daquele populismo de beijinho na peixeira de barba, na feira e no mercado. E já toda a gente se habitou a isso.

Agora, quem me irrita solenemente é o Louçã. Com aquele discurso “o trabalho é que gera riqueza, o capital não é produtivo”. Um professor académico de economia proferir uma frase destas tem uma enorme vantagem: evidencia muito bem o seu verdadeiro calibre. Do alto da sua camisola escura de gola alta.

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