segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Olho para os monitores para procurar a localização dos balcões da TAP pela primeira vez em muito tempo:

no local onde costumavam estar estão agora os de outras companhias. Em baixo, perto da entrada, descubra a nova localização. Dirijo-me de imediato ao primeiro funcionário que encontro sem lhe dar o tempo para me perguntar seja o que for. Indica-me um outro colega que tratará de fazer o check in que não consegui fazer online.

O problema é que, depois de muito bufar e gemer, chega à conclusão que apenas consegue para o primeiro segmento. “Vá ali às meninas das reservas” que, de casaco vermelho a condizer com o baton, também não conseguem. Na ausência de representação da Air China no aeroporto de Lisboa (nem a Groundforce nem a Portway) acabo no balcão da TAP, já que é responsável pelo primeiro segmento. Faz-me o check in para o primeiro segmento e diz-me que só mesmo em Frankfurt poderei tratar dos segmentos seguintes. Quando lhe saliento que só tenho 1h30 de escala, diz-me que há muitas ligações a partir de lá, hão de arranjar alternativas

Regresso aos balcões de drop-off: ainda falta despachar a mala. Preciso inserir os dados numa máquina que deverá imprimir o autocolante – como faziam antes as pessoas que trabalhavam nos balcões de drop off – mas que se recusa terminantemente. O funcionário que está mais perto diz-me para ir falar novamente com o que bufa e geme. O problema é que, entre tanto saltitar de balcão em balcão, passou perto de uma hora e o aeroporto está agora bastante mais cheio do que quando cheguei. Começo a ver a vida a andar para trás, não falta assim tanto para o embarque. Felizmente o enésimo menos um funcionário é sensível ao meu problema e leva-me à enésima funcionária, que trata, chamemos-lhe “manualmente”, de despachar a minha mala. Até Frankfurt.

Já por várias vezes fiz um voo numa quase angústia, a desejar que por milagre demore menos do que o programado, na dúvida de saber se vou conseguir apanhar a ligação seguinte. Neste caso não sofri, ia apenas resignado. Ainda para mais quando, à chegada à Frankfurt, permanecemos parados na pista um bocado à espera que a manga fique disponível.

Faço o percurso até à recolha de bagagens em velocidade cruzeiro mas sou surpreendido quando, pouco tempo depois de ter chegado ao tapete, as malas começam a sair e a minha é das primeiras. Nesta altura resolvo apressar-me e subo de imediato do piso das chegadas para o hall gigante das partidas. O balcão de check in da Air China fica um pouco mais à frente e acelero o passo. Para minha segunda surpresa, está completamente vazio.

Explico a situação, a funcionária questiona-se porque não conseguiram tratar de tudo em Lisboa e, descontraidamente, passa-me dois cartões de embarque, enquanto a minha mala é arrastado pelo tapete novamente para as entranhas do aeroporto. Don’t worry, you will make it, diz-me, o que é escusado nesta altura porque já era perceptível. Ironia do destino, o voo atrasa uns minutos e ainda acabo por esperar sentado perto da porta de embarque.

Sem comentários:

Enviar um comentário