quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pouca terra

Foi a primeira vez que fui a um campo de concentração. Um crime chegar a esta idade, tanta porcaria de sítio onde já fui, e só agora meti os pés num sítio como este. E este nem sequer é um campo de extermínio, era um campo essencialmente de trabalhos forçados. Claro que foi o local de morte de muitos milhares de pessoas, também tinha um crematório e um laboratório – chamemos-lhe assim – onde se faziam experiências com cobaias humanas injectadas com febre tifóide. Também tinha um posto médico falso para onde os prisioneiros de guerra russos eram levados ao engano para serem fuzilados. Mas não tinha câmaras de gás. As pessoas que não eram dadas como aptas para trabalho forçado eram tipicamente enviadas para outros campos como Auschwitz, esses sim com câmaras de gás. Dito de outra forma, tenho que visitar mais.

Fica uma foto dos carris por onde chegavam os comboios com vagões de animais carregados de gente para povoar este campo. Segundo reza, estes dez quilómetros foram construídos em pouco mais de 100 dias, a um ritmo alucinante e a custo de muitas vidas.

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