quarta-feira, 10 de junho de 2009

MEC n'O Público de ontem

«Tudo muito fraquinho - Para interpretar os resultados eleitorais sem ter que sair do bar, basta olhar para as garrafas à sua frente e aplicar a tabela dos bêbados. É só converter as percentagens dos partidos em graduações alcoólicas.

Só com 40 graus é que há motivo para festa, entrando-se no estonteante mundo dos destilados. 43 ainda é mais excitante, alcançando os whiskies mais sérios e os gins mais puxadotes. Como se vê, também são estes os números das vitórias retumbantes e das maiorias absolutas.

Entre 35 e 37,5 encontram-se as mais pindéricas vodkas e os mais rascas gins e runs, diluídos com mão pesada, porque a água é mais barata e mais saborosa do que o álcool. Mas, pronto, ainda se podem aproveitar para coquetéis manhosos, disfarçando o gosto com sumos de frutas.

Pois o PSD nem isso teve. Teve 32 graus. Esqueçam as bebidas de adultos. Quando muito, é um licor de peppermint ou uma daquelas vodkas horríveis com sabor a fruta, concebidas para ajudar os adolescentes a fazer a transição dos rebuçados para o álcool. Quanto ao PS, teve 27 graus – é um pobre Pimm’s, sem contar com a gasosa. Na melhor das hipóteses, é uma ginjinha caseira.

Já o BE passou da mera cerveja a vinho de mesa, com uns belos 11 graus. A CDU foi sempre vinho mas lá subiu de grau. E o CDS, que se dizia destinado a cerveja light, acabou como vinho verde de pipa, com 8,5 graus.

Enfim. Foram só aperitivos, licores e vinhos leves. Nada de whiskies ou aguardentes depois desta refeição mal regada.»

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