terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Depois de todo este tempo, já não há muita coisa tua.

Coisas mais físicas ou palpáveis; as memórias agarram-se como lapas, com uma viscosidade que demora a descolar. Há uma que sobreviveu e que, apesar de um hiato, tem uma presença recorrente: um album cujos ficheiros mp3 me passaste. Foi transitando de computador em computador e, em momentos em que a colecção de volumes musicais não está disponível (essencialmente, viagens e desterros), tem sempre um espaço reservado. E é curioso como, progressivamente, foi ganhando um distanciamento cada vez maior. Ao ponto de, agora, é como se este conjunto de ficheiros mp3 já fosse meu, num sentido mais lato que este pronome possessivo normalmente tem.

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