segunda-feira, 7 de julho de 2014

Rotunda do Saldanha.

Paro na passadeira: uma velhota curvada, de bengala, com nítida dificuldade em se deslocar aproxima-se. Aliás, paro ligeiramente em antecipação da aproximação dela à passadeira. Ela pára também, olha para a estrada e vê que estou à espera dela – devagar, todos os gestos são feitos devagar. Começa a descer do passeio para o asfalto, faz-me sinal com a mão a agradecer. O tipo atrás de mim, visivelmente irritado, arranca rapidamente, ultrapassa-me e passa pela faixa da esquerda antes da velha ter tempo para chegar à segunda metade da passadeira.

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