sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sentar-me a escrever.

Depois de mais um dia agitado, de uma ida ao ginásio extremamente ridícula – não passou do balneário, local onde me apercebi que me tinha esquecido de parte do equipamento necessário e não me apeteceu ir de boxers. Sentar-me a escrever. Depois de dias, vários dias, semanas, em que começo de manhã e acabo em casa às dez, onze da noite à luta com folhas de cálculo e linhas de programação. Hoje estou cansado – se calhar até não é mau que me tenha esquecido da porcaria dos calções e não vá ao ginásio – se calhar foi o meu subconsciente a providenciar esse momento de descanso. Hoje estou cansado e de certa forma aliviado porque não há mais um evento de sexta-feira à noite ao qual inexoravelmente acabe por ir – e isto de certa forma lembra-me que se calhar até é mesmo melhor desligar o telemóvel não vá alguém ter ideias e lembrar-se de ligar. E assim, sento-me aqui a escrever. Antes de abrir o frigorífico e decidir o que posso comer sem ter fazer nada, pensar nada. Sem ter que decidir, no fundo, hoje só me apetece ter uma sexta-feira calma, uma noite de sexta-feira porque o dia nem vos conto. Estou cansado mas com vontade de escrever, o que até me deixa bem-disposto, ando a descurar a escrita há algum tempo. E estou a escrever com uma fluidez que justifica a minha vontade de escrever. Há uma lista de coisas que tenho para fazer, ali à frente dos meus olhos e eu vou propositadamente ignorá-la, desrespeitá-la. Escrever textos não está na lista mas se calhar vou acrescentar. E assim posso legitimar esta vontade que me está a dar, este vaipe – acabei de abrir o dicionário para ver se esta palavra existe e curiosamente existe, eu que pensava que era uma modernice estrangeirada. Sim, cansado. Escrever e pôr um certinho à frente da entrada que vou adicionar à lista. Assim. E pronto. É capaz de ser tudo. Até amanhã.

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