quinta-feira, 7 de julho de 2011

Foie gras

A primeira vez que vi a cara de satisfação dele quando o cumprimentei achei um pouco estranho. Depois vi a forma como um colega o despachou quando parou à porta do gabinete dele e deixei de estranhar. Sou incapaz de não lhe dar um hallo ou abend enquanto despeja o meu caixote do lixo e mando-lhe um tchuss para o caminho. Um dia, despejei uma garrafa de água em cima do tampo da secretária quando ele estava para entrar a porta e prontamente me ajudou a limpar a porcaria. Agradeci-lhe, claro está, ainda mais do que o normal.

E depois há a senhoria do café. Que mesmo servindo-o a conjunto de mânfios potencialmente rudes e indelicados – daqueles que se acham demasiado lá em cima para perder tempo com a senhora do café – presenteia toda a gente com o mesmo sorriso escancarado. De início falava-me em italiano, por vezes em alemão. Agora já sei que é grega e se chama Dimitra e ela já sabe o que peço, nem preciso de dizer. Ti kanis? Pergunto-lhe eu e ela kala! Agradeço como o meu efaristo e ela parakalo.

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