domingo, 15 de maio de 2011

Backhand

Ando a adiar um post sobre o Djokovic mas acho que chegou o limite. A vitória de hoje eleva a temporada dele a um nível para lá de estratosférico. E se eu pensei que em Paris não havia pai para o Nadal, agora já começo a achar que pode haver um padrasto.

Explicar isto? Há dias vi um excerto da final de Madrid (e estou ansiosamente à espera que alguém ponha alguma coisa da de Roma no youtube): primeiro, a condição física do Djokovic melhorou imenso, o tipo não fica sem gás como ficava dantes; segundo, finalmente alguém que acredita que pode vencer o Nadal em terra; terceiro, mais técnico e se calhar mais importante que tudo o resto, a esquerda. O jogo clássico do balear é despejar imenso top spin na esquerda do adversário. Para um jogador como o Federer, esquerda a uma mão, isso é um verdadeiro inferno porque fica sem conseguir atacar e é uma questão de tempo até deixar uma bola mais curta e levar com as consequências. O Djokovic aprendeu a apanhar as bolas quando estão ainda a subir, evitando que o top spin actue e as torne muito mais difíceis de controlar, meio caminho andado para desmontar a estratégia do Rafa. Melhor: consegue mesmo transformar uma pancada dessas num ataque, algo que o Nadal não está habituado.

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