quarta-feira, 11 de agosto de 2010

No laughter in the dark

O meu objectivo estava perfeitamente traçado e não tinha nada a ver com quaisquer outras bancas de venda. E, no entanto, dei por mim a percorrer o flohmarkt de ponta a ponta, lés a lés. Fascinado com aquele mundo. Das roupas aos sapatos, das panelas aos talheres, móveis e candeeiros, cortinados e toalhas, aparelhos de cozinha e televisores. Até instrumentos médicos, no meio de todo o tipo de tralhas e bugigangas. Parei quando vi CDs e vinis. Não resisti. Passei as mãos por aquelas caixas velhas e gastas, riscadas, sujas. Coisas à venda por menos de cinco euros de todos os géneros musicais. De repente, no meio de inúmeros nomes que pouco me diziam, uma capa azul conhecida. Foi talvez uma fracção de segundo até conseguir localizar exactamente donde. E aí surgiu-me. Ficou claro. Na bancada, lá atrás, onde costumava estar a aparelhagem, com as costas das cadeiras de cinema velho. Era ali que o costumava ver. Não comprei não sei bem porquê porque a verdade é que não consegui deixar passar sem procurar os temas todos na net. Três ou quatro deles estavam frescos na minha memória quase como se estes mais de dez anos (doze, o álbum tinha acabado de sair em 98) não tivessem feito mossa nenhuma. Mas havia outro. Mas acompanhava a partir de certa altura, quando surgiam distintos os arpejos. Cujo título não foi imediato. Claro que eu não sabia que faixa era, não era eu que o punha a tocar. Era este o tema.

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