quinta-feira, 8 de julho de 2010

A propósito deste mundial que está prestes a acabar,

a velha questão dos meios técnicos auxiliares de arbitragem. A quantidade de erros de arbitragem neste mundial – erros não despiciendos, que tiveram uma influência decisiva no resultado final – é impressionante. Mais impressionante do que os próprios erros é a teimosa resistência à introdução dos ditos meios técnicos como o Hawkeye do ténis. O caso do ténis é giro: assume-se que os juízes de linha têm a possibilidade de errar. Faz sentido. Têm que verificar centenas de bolas por partida, muitas delas a velocidades bastante elevadas. O Hawkeye permite que o jogador que duvide da decisão do juiz de linha possa comprovar a decisão através do recurso a um sistema bastante preciso.

Ora, uma coisa deste tipo facilmente resolveria qualquer tipo de bola que claramente entra – como o golo da Inglaterra do Lampard frente à Alemanha – assim como os foras-de-jogo claramente por assinalar – como o não golo da Argentina frente ao México – (não serve, por exemplo, para lances em que é preciso ajuizar se a entrada do jogador é para amarelo ou não). E resolveria qualquer destas situações de uma forma objectiva e matando qualquer disputa. Mais: nada disto poria em causa a autoridade do árbitro nem prejudicaria o jogo. Pelo contrário, mais facilmente a credibilidade cai por terra com os erros clamorosos que existiram.

Aparentemente, o futebol quer mesmo continuar a ser um jogo de polémica no qual a intervenção do árbitro tem um peso significativo no resultado final. Só pode ser.

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