terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Schirm

Tinha que me proteger de cada vez que olhava para ti. Como se fosses um sol e eu precisasse daqueles óculos cinzentos e feios que são distribuídos quando se aproxima um eclipse. Para que, sem eles, os meus olhos (e os de outros fascinados) não sejam destruídos por um brilho demasiado intenso mas hipnótico. E por isso é importante fazer a desmistificação. Quando a intensidade é reduzida à sua verdadeira dimensão e, portanto, os óculos ficam na prateleira, então a percepção do brilho é finalmente adequada. E então é só mais um eclipse, daquelas dezenas que vamos ter oportunidade de apreciar no decurso de uma vida.

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