quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Seis e meio

Numa banca de jornais – e não só, recordações, comida, etc. – do aeroporto de Dublin. Quero levar qualquer coisa comigo para ler, não me apetece o livro que levei trouxe para a viagem. Opto por uma solução típica, agora uma Economist – na capa a chamada para um artigo sobre a Google Glass e possíveis ataques à cada vez mais exígua privacidade. O funcionário pega na revista, aponta o leitor de código de barras, espero que me diga o preço de carteira na mão. E depois fico a pensar nos seis euros e meio, enquanto me dirijo para as cadeiras onde hei de esperar pelo embarque. De repente, as letrinhas pequenas na parte inferior da capa da revista. Só há dois preços nos países do euro: Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo e Holanda pagam o mesmo que a Irlanda e todos os outros gozam de um desconto de vinte cêntimos. A política de preços da Economist parece uma fábula do centro e da periferia, tão em voga nos temas que enchem grande parte das páginas da revista. Quer dizer, quase, é imperfeita porque coloca a Irlanda no centro e a França na periferia. A própria Itália é capaz de ficar um bocado chateada por ir para casa com mais vinte cêntimos no bolso.

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