domingo, 18 de agosto de 2013

Tenho um gosto especial pela personagem da Diane na série The Bridge.

E nem sequer é estético, pese embora a fotografia infra. Sonya é desprovida de qualquer tipo de social skills, não tem inteligência emocional – ocorre-me que é a primeira vez que diplomaticamente apelido alguém de burra emocional (não que já o tenha feito sem diplomacia alguma). Tem a sensibilidade de uma porta, a subtileza de um camião TIR. As pessoas são-lhe incompreensíveis, um autêntico mistério e ela própria consegue deixar os outros siderados, especados. Após a necessária adaptação inicial a alguém tão inadaptado, julgo que deve ser muito fácil, tão fácil lidar com uma Sonya. Porque a simplicidade, a incapacidade de tacto – de empatia? – torna-a antecipável como um relógio suíço. E genuína dos dedos dos pés à ponta dos cabelos, de uma forma que nenhum de nós, por muito que quisesse, conseguiria ser. Ao contrário de todos nós, Sonya vem acompanhada de um manual de instruções. A sua função pode é não ser aquela de que precisamos.

2 comentários:

  1. É que a Sonya sofre de Asperger.
    Mas não deixa de me fascinar também :)

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  2. Huuumm, não dei por isso, explica muita coisa. Se bem que recentemente teve as suas primeiras manifestações emocionais (surpresa), sempre com assuntos relacionados com a morte da irmã.

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