terça-feira, 6 de abril de 2021

Tudo começou porque, no meio das músicas que estava a ouvir, surgiu o Band on the Run.

Fui, de imediato transportado para a minha infância, para uma versão da música que julgo não ouvia desde essa altura. A única coisa que sabia é que fazia parte de um álbum ao vivo do Paul McCartney, duas cassetes que ouvia furiosamente num rádio amarelão dos meus pais. Não me restava outra coisa senão fazer aquilo que hoje em dia temos a possibilidade de fazer. Não foi à primeira pesquisa informática que descobri, mas foi à segunda. O álbum chama-se Tripping the Life Fantastic e tem uma foto algo desfocada, como se estivesse em movimento, do mítico baixo Höfner, imagem de marca.

Entretanto já (re)ouvi umas boas dezenas de vezes, desta feita na Apple Music, que dispensa mudar de lado da cassete. Uma série de clássicos dos Beatles e da carreira a solo do próprio McCartney, gravados em diversos concertos, um pouco por todo o mundo, no final dos anos 80 e início dos 90. Por exemplo, o Fool on the Hill, que Sir Paul dedica a "three mates of mine". Assim como o Eleanor Rigby, que quanto mais ouço mais gosto; ao contrário do Ebony and Ivory que, quanto mais ouço, mais pindérico me parece. O Can't Buy Me Love, banda sonora dos tempos em que o Patrick Dempsey se passeava em cima de um cortador de relva. Hey Jude, Back in the U.S.S.R., Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. É assim com os aqueles quatro moços de Liverpool: são umas atrás das outras.  

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