quinta-feira, 4 de junho de 2015

29 anos, 2 derrotas

Perto do final do primeiro set, depois dos vários set points que Djokovic não conseguiu aproveitar , confesso que ainda pensei que o Nadal conseguisse tirar um coelho gigantesco da cartola e perpetuar a lenda. Mas a brecha abriu ali mesmo antes do tie break - se Djokovic não tivesse levado aquele set teria seguramente ficado de cabeça perdida (a imagem do sérvio a levar as mãos à cabeça). Mesmo assim não era líquido como o segundo set ia acabar. E, quando o break surge ao oitavo jogo e deixa tudo em aberto para ser fechado no jogo de serviço de Djokovic, aí sim, a areia começou a escorrer por entre os dedos. Seguramente a primeira vez que se viu dois sets abaixo na terra francesa. E aí foi Nadal quem deixou de acreditar: o terceiro set é capaz de ter sido o pior que alguma vez vi o espanhol jogar. A dupla falta com que entregou o último ponto é uma capitulação confrangedora.

É um lugar-comum dizer que o jogo de ontem foi uma final antecipada. Mas é verdade. E Nadal merecia ter ido à final. Mesmo que o desfecho fosse igual. Mas seria num palco condizente com a categoria de jogador - sem par em terra batida, sem par sobretudo no Philippe Chatrier.

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