segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Chá do deserto

Os polícias estão parados num cruzamento, no meio do nada. No deserto, vestidos de cima abaixo, a rigor. Não têm carro. Não têm nada senão duas pastas encostada a um placard com indicações e os dois casacos pendurados a duas barras de metal. Mandam-nos parar. Conversam, não percebemos uma palavra. Pedem documentos, veem uma série de documentos, papéis velhos com vincos marcados de passarem o tempo dobrados. No final pedem água. Ficam com as nossas duas garrafas de litro e meio. Toda a água que temos.

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