segunda-feira, 21 de maio de 2012

Há pessoas que falam da primeira recordação que têm.

Descrevem algo vívida e nitidamente e depois acrescentam que é a primeira coisa de que se lembram. Sempre me fez uma confusão tremenda: não faço a mínima ideia como é possível terem a noção de que não se lembram de nada do que está para trás. Ou de que o registo começou naquele preciso momento. É claro que tenho recordações – vívidas e nítidas, por sinal – de infância, aliás, da mais tenra. Embora tenha alguma noção da cronologia (esta aconteceu depois daquela, por exemplo), é-me totalmente impossível atribuir a qualquer delas o início.

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