A certa altura sou forçado a fazer marcha-atrás numa rua estreita que parece conduzir-nos a uma zona pedonal. Com algum custo, percebemos que existe outra forma de ir dar onde queremos, até avistarmos um parque de estacionamento com o nome que procuramos. O tipo do parque, depois de me ajudar a fazer a manobra, telefona a quem nos deverá receber. Más notícias, não é ali que vamos deixar o carro. Nova manobra até finalmente estacionar o carro definitivamente para o resto do dia.
Carregamos, uma vez mais, as malas por uma escadaria, até ao apartamento, uma tarefa quase diária. A janela dos quartos dá para uma mesquita, que nos deixa apreensivos em relação à possibilidade de sermos acordados com um chamamento de manhã cedo.
Estamos muito perto do centro histórico da cidade, uma zona de ruas estreitas empedradas, repletas de restaurantes, lojas de recordações e tralhas para turistas. E, claro, pejadas de turistas. Tão pejadas que a tarefa de encontrar um restaurante para jantar acaba por não ser tão fácil quanto isso. Acabamos por conseguir a nossa mesa à beira do rio, onde nos servem doses cavalares enquanto somos devorados por mosquitos. O empregado pergunta-nos a nossa nacionalidade e, perante a resposta, se entendemos espanhol, pelo que terminamos a refeição noutro idioma.
As fotografias ficam para a manhã do dia seguinte. Retomamos as mesmas ruas da noite anterior, e seguimos um pouco mais até atravessar a famosa ponte, reconstruída depois da guerra que a tombou.
O ponto seguinte na lista já é feito de carro, mais perto da saída da cidade. Um edifício que, antes da guerra, albergava um banco comercial mas, devido à localização e aos sete ou oito andares, acabou por se revelar de bastante utilidade para os atiradores furtivos. Passou e ficou a ser conhecido por snipper building. Hoje em dia, está abandonado e vedado, as paredes estão repletas de graffitis. A fachada do prédio que fica defronte, do outro lado da rua, está cravejada de buracos de balas, assim como o alcatrão da estrada.
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