terça-feira, 27 de outubro de 2009
Cinco um
Bach escrevia com uma cadência impressionante. Há quem diga que era porque tinha uma família enorme para sustentar: sete filhos de um primeiro matrimónio e treze de um segundo, segundo (consegui pôr esta palavras duas vezes e, ao escrever a palavra “duas”, ainda consigo fazer uma aproximação ao cardinal) a Wikipedia. O que é certo é que teve que criar mecanismos para poder ter um caudal muito regular de produção musical. Talvez daqui venha a ideia de que se trata de música com um cariz matemático marcado. Talvez. Como se isso fosse uma espécie de máquina de chouriços. No limite, até pode ser essa a sua grande virtude: como pode uma música de cariz matemático ter tanta alma? Há também quem diga que uma dessas invenções foi a noção de tensão/repouso, uma característica transversal à música ocidental. Uma coisa é certa: não devia mudar muitas fraldas, o senhor.
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