terça-feira, 11 de agosto de 2009
Escreveram mal o teu nome.
O acento está trocado, não é na penúltima é na antepenúltima sílaba, é uma palavra esdrúxula, não é grave. Ao menos que acertassem no teu nome. Braços cruzados a olhar. A olhar para o chão, para o tecto, o relógio, o telemóvel que sai do bolso para a chamada no momento certo. Olhar para o infinito, para o vazio, para as moscas, para ontem, para a morte da bezerra. Não é um nome fácil mas, caramba, não é grave, é esdrúxula, é só passar o acento para trás, não custa nada, já que estão de braços cruzados. A olhar para o infinito, para o vazio, para as moscas, para ontem, para a morte da bezerra. Custava muito descruzar os braços? Pegar na caneta, trocar o raio do acento. Está errado, não vêem que não está bem? O relógio, é tarde, o telemóvel toca, com licença, desculpem e saem da sala e era tudo uma questão de caneta e trocar o acento, o raio do acento. E podiam voltar para os braços cruzados, o tecto e o chão, o infinito e o vazio, as moscas e ontem, a morte da bezerra. Não vêem que o raio do nome está mal escrito?
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