Nada. Tudo foi conquistado com esforço e dedicação. Não houve borlas, facilidades e facilitismos, cunhas ou isto está no papo.
E foi assim que percebeu que, um dia, algo tinha que que cair-lhe do céu aos trambolhões. Sabia-o. Era inevitável, uma questão de probabilidades e de lei dos grandes números.
E foi com este espírito, com esta determinação que cruzou as portas automáticas de vidro do casino. Direita à roleta. Sem olhar para trás. Sequer para os lados. Obcecada.
E tinha razão. A pilha de fichas que colocou no quinze transformou-se em várias pilhas de mesmo tamanho assim que a bola parou nesse número.
Nem sequer ficou esboçou um sorriso: a antecipação do resultado anulou qualquer efeito de surpresa. Não ia apostar outra vez, a próxima aposta sabia-a perdida. Trocou as fichas na caixa.
O dinheiro depositou-o no banco. Para um dia chuvoso. Regressou à sua vida normal, sempre sem borlas, facilidades, facilitismos, cunhas ou isto está no papo.
E continuou a pagar os seus almoços.
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