quinta-feira, 5 de novembro de 2009
À espera que o telefone toque. Ali, na mesa-de-cabeceira. Não te enganaste até agora. Não falhas uma. Nem quando pareces demasiado optimista, nem quando pareces demasiado pessimista. Derrotado. Derrotada. Também não se enganou, você. Já sabia. Mais tarde ou mais cedo. Estou pronto. Tenho as coisas arrumadas, estou à espera só que o telefone toque. Que me toquem com o telefone, a mesa-de-cabeceira, a cama, isto agora faz-me lembrar as coisas. Como, por exemplo, a casa, esta casa. Há-de lá ir, tenha calma. E agora, o vazio da minha cama com um edredon. Só recentemente tive um edredon. Antes eram os cobertores e as mantas. E agora, este edredon é vazio, totalmente vazio, o que é um edredon ao lado do cobertor e das mantas? Telefone. Espero. Não falhas. É hoje. Não passa de hoje. E, por isso, espero, ainda está para vir o dia em que te enganes, raios te partam, não falhas uma. É que nem uma, porra. O derrotismo pega-se, espalha-se, alastra e ela também sabia. Não é novidade para ela. Só para mim, que espero o toque do telefone.
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