domingo, 22 de novembro de 2009

Bebop

Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, em 1942, o mercado do entretenimento sofre uma quebra assinalável. Como consequência, vários são os músicos e bandas que ficam com menos ou sem gigs para fazer. É o fim das big bands, das orquestras e da música pensada para pôr as pessoas a dançar. É o fim do swing.

Esta ruptura incentiva uma mudança fundamental nos músicos: concorrem agora mais agressivamente pelo menor número de oportunidades que existem. Para se destacarem dos demais e aumentarem a possibilidade de serem seleccionados, aperfeiçoam a sua música e a sua técnica. A própria circunstância de terem menos trabalho dá-lhes mais tempo para treinarem e desenvolverem um novo estilo.

É o início do bebop. Um estilo rápido, duro, frenético. Uma coisa de doidos. Uma nova vaga de músicos surge a substituir os pesos pesados da era anterior: Charlie Parker, Dizzie Gillespie, Max Roach, Thelonious Monk, etc.

Há uma história curiosa que envolve o Louis Armstrong e o bebop. Um dia perguntaram-lhe o que ele achava desse novo estilo. A reacção dele foi intempestiva. Novo? Este estilo não é novo. Isto era o que fazia quando era um miúdo! É isso, o bebop foi e é uma coisa de putos.

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