Opto pela caixa mais perto de mim: há três pessoas à minhas frente e duas delas têm poucas compras, enquanto na caixa ao lado o número de pessoas é o mesmo mas têm carrinhos bem cheios. Ganho tangencialmente a corrida a este lugar a um senhor que fica atrás de mim até reparar que uma das pessoas da caixa ao lado entretanto sai da fila e ele rapidamente toma esse lugar vago.
E depois espero. A senhora que está à frente na fila demora. Bastante. Não sei com quê, não estou a prestar atenção, mas reparo nos olhares de sofrimento dos dois que estão à minha frente (e que, ainda por cima, não têm quase nada). Os meus olhos divergem um pouco enquanto espero e reparo que, o tipo que estava atrás de mim e se mudou para a outra caixa, já está a pagar as compras dele e eu ainda nem consegui colocar as minhas no tapete.
Regresso às pessoas à minha frente, a mesma senhora está agora (finalmente!) a pagar. Tem o cartão no terminal e, na mão esquerda, a carta do banco com o pin do mesmo aberta à sua frente, enquanto lentamente digita os algarismos com a mão direita. Quando acaba, consegue deixar cair o papel, que é gentilmente apanhado e devolvido pelo homem que está a seguir na fila e que só quer levar uma caixa de seis ovos. A senhora volta guarda o envelope na carteira gigante enquanto eu imagino onde já andará o senhor que estava atrás de mim e mudou de fila.
Assim que as compras desta senhora são processadas, as duas pessoas à minha frente são atendidas muito rapidamente, tal como previsto. Quando chega a minha vez, debato-me um pouco com o espaço no final da caixa para arrumar as minhas compras: os sacos da senhora ainda lá estão, ela ainda arruma qualquer coisa que não consigo perceber bem. Saímos do supermercado quase ao mesmo tempo.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
A arte de escolher a fila certa no supermercado
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