Do lado esquerdo da fachada da igreja, estão várias mesas de madeira compridas. As pessoas estão sentadas à conversa e a comer. Uma percentagem grande das raparigas tem vestidos brancos. O dono da residencial – nascido na roça Sundy, viveu 27 anos em Lisboa até regressar à ilha após a morte do pai, para tomar conta do negócio – explica-me que foram realizadas cerimónias religiosas (primeiras-comunhões, crismas) e as pessoas agora juntam-se para a festa. Tomo nota de um conjunto de dicas que me dá de sítios para visitar.
Saio para ver os edifícios que Estrela me apresentou na boleia conjunta. Vou até à rua que termina a praia. Duas raparigas estão sentadas na amurada. Faz-me lembrar o Malecon de Havana, embora, honestamente, não tenha assim tanto de parecido. Regresso por outra das ruas perpendiculares à praia e, depois de esperar um pouco debaixo de um telheiro para que uma carga de água passe, dirijo-me até à igreja.
É com algum espanto que reparo que a maioria das pessoas ainda ali está, apesar do dilúvio que acaba de cair. Mal tiro as primeiras fotos ao edifício e um grupo de miúdos vem ter comigo
Me pega
E eu certifico-me:
Querem que vos tire fotografias?
Fazem uma autêntica sessão fotográfica à minha frente – agora só eu, agora eu só com ele, agora só elas. Riem-se quando lhes mostro o resultado no visor da máquina. Recomeça a chuviscar e, a certa altura, tenho que lhes dizer que já chega.
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