Praticamente do extremo norte da ilha ao extremo sul, num comboio rápido, exactamente igual ao Shinkansen japonês. À chegada, na estação, deixo a mochila num dos cacifos e perco-me um pouco à procura da paragem do autocarro. Acabo por descobrir que existem duas zonas de paragens de autocarros e a que pretendo – claro está, lei de Murphy – fica exactamente do lado oposto.
São uns bons três quartos de hora – ainda assim, bem melhor do que a hora e meia que tinha lido online – até o autocarro parar perto da entrada do Museu do Buda de Fo Guang Shan. À minha frente está um complexo enorme. Uma avenida pedonal, ladeada de quatro pagodes de cada lado, conduz até um edifício, com um aspecto piramidal, atrás do qual se ergue uma estátua dourada gigante do Buda.
Subo ao longo dos pagodes da esquerda. Entro no primeiro que funciona como um centro de informações. Lá dentro, uma senhora de chinelos e cabelo rapado oferece-se para me exibir um filme que explica as motivações e origens da construção daquele museu. Sou o único dentro da sala de sofás modernos e confortáveis a visualizar a versão inglesa daquele filme, que explica a intenção daquela construção para albergar um dos dentes do Buda – os outros estão em Pequim e Kandy, no Sri Lanka.
Continuo a subir ao longo dos pagodes – os seguintes não são para visita do público – até atingir o edifício principal. Lá dentro, no conforto do ar-condicionado, visito um conjunto de salas, com exposições e informações sobre a origem e história do budismo. Para além destas, que ocupam a maioria do edifício, há ainda, uma sala com uma estátua dourada do Buda bem como o ex libris, a sala onde está guardado o tal dente. Deixamos os sapatos nos armários para o efeito. À entrada, após um lance de escadas, uma senhora, atrás de uma mesa, oferece-nos uma lâmpada em forma de vela para colocarmos junto a uma estátua em jade branco do Buda deitado. Não consigo não aceitar a oferenda da senhora, que coloco no local onde vejo todas as outras lanternas. Depois, sento-me nas almofadas colocadas no chão. Por cima da estátua, lá bem em cima, vejo a vitrina onde se encontra o recipiente que guarda o dente.
Termino a visita subindo ao terceiro e último piso do edifício, onde existe um auditório, vedado naquele dia por não existir nenhum evento. Saio para o topo do edifício e caminho em direcção à estátua impressionante do Buda. Por debaixo, há uma sala para os quiserem aprender caligrafia chinesa.
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