O autocarro segue em velocidade cruzeiro na estrada que ombreada por árvores que formam uma densa e espessa vegetação. De repente, uma travagem algo brusca e o condutor encosta à direita de imediato. Ainda não consegui perceber a razão da guinada quando olho e vejo, do outro lado da rede que impede a passagem de animais para o alcatrão, um urso que pacatamente mordisca umas ervas. Impávido e sereno, não mostra qualquer interesse nos veículos que passam rápido na estrada nem naqueles cujos curiosos param na berma para o observar mais de perto.
O nome vem do som do vento na montanha. Whistler. Parece que assobia. A cidade parece uma Disneylandia dos turistas de neve. Os hotéis, as lojas, os restaurantes, tudo é plástico e artificial. Albergou a aldeia olímpica dos jogos de Inverno de 2010e resumiu a sua actividade de estância de esqui. Mas nem por isso está vazia no verão, quando normalmente não há “inverneantes” neste tipo de locais porque as pistas estão impraticáveis. Conseguiu diversificar a sua oferta. O teleférico – mais outra “gondola” – é partilhado entre os turistas que querem por momentos fugir do sol e pisar a neve nos picos e uns quantos de capacete e joelheiras que descem a encosta de bicicleta. Os viciados em adrenalina ficam num nível intermédio onde a neve não chega enquanto os de máquina fotográfica em riste continuam mais outro nível até lá em cima onde o chão está totalmente branco e a temperatura desce acentuadamente.
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