No meu local de trabalho existe um sistema de controle de horários de trabalho. Picamos o ponto. Os funcionários, de acordo com o seu perfil de horário, têm que colocar um determinado número de marcações no sistema. Estas marcações podem ser feitas em terminais – espalhados por vários locais, concentrados nas entradas e perto dos elevadores – que lêem o cartão de funcionário ou através de uma aplicação no computador que também permite olhar para o histórico de marcações e lançar as férias, por exemplo.
Há dias observei pela primeira vez o sistema de ponto nos hospitais. Aquele em que é necessário colocar o dedo para que a maquineta faça a leitura da impressão digital. São uns pinchavelhos metálicos, cilíndricos, com uma abertura à altura da cintura para pôr o dedo e um teclado para introduzir a identificação do funcionário.
Achei aquilo degradante. Ofensivo. É óbvio que eu percebo que o sistema assim é mais rígido, menos susceptível de ser torneado. Mas eu não gostaria que me obrigassem a ter que pôr o meu indicador numa porcaria daquelas de cada vez que entro no meu local de trabalho. Porque é assumir, à partida, que eu sou mentiroso e que, à mínima possibilidade, vou tentar aldrabar e fazer menos horas do que aquelas que tenho que fazer.
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