quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Condor

O comboio sai de manhã cedo, muito cedo. Porque demora muito tempo, é extremamente lento. Um autêntico comboio da batata, de pelo menos um dos 3000 tipos comerciales de papas que acá tenemos. Cerca de três horas para fazer os 92 quilómetros. Muito turístico, com versões panpipe de coisas como o “Killing me softly”.

As cores amareladas, acastanhadas, secas, ficam progressivamente para trás. Os carris seguem o desfiladeiro sulcado pelo Urubamba, ladeando o rio como se fossem um segundo curso de água.

Quando finalmente nos aproximamos do destino, a paisagem, a vegetação mudam. Estamos agora a uma altitude inferior em 1000 metros à da origem, a meio caminho entre a montanha e a selva, numa zona de transição.

Águas Calientes é um interface de transportes disfarçado de aldeia. Uma espécie de Entroncamento que liga a estação de comboio aos autocarros que sobem a sinuosa estrada de terra – que aparentemente tem um único sentido mas, na realidade, tem dois – montanha acima até à entrada para a cidade dos Incas.

Alguns passos e degraus depois e esta vista saúda-nos:

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