Quando Bingham chegou pela primeira vez à cidade de Pachacutec, trazido por um miúdo de oito anos que costumava brincar lá em cima na montanha, ninguém sabia o nome daquele local. Sabiam o nome das montanhas, os deuses: Machu Picchu e Wayna Picchu. Em Quechua, o primeiro é a Montanha Velha, a mais velha; o segundo, a Montanha Jovem, a mais baixa, a que aparece nas fotos clássicas do local. À falta de melhor, Machu Picchu acabou por ser empregue para designar a cidade perdida dos Incas.
Sempre me impressionou nos Incas – à semelhança de outros povos como os Egipcios – o nível de conhecimentos de astronomia e dos fenómenos meteorológicos, assim como o impacto que têm nas colheitas. Só as classes sociais altas tinham acesso a este conhecimento e às construções que serviam para assinalar, como uma precisão incrível, as datas importantes como os solstícios. As teorias vigentes avançam que esse conhecimento poderia servir para legitimar o seu poder: ao fazer “previsões” de quando viria a chuva indispensável para fertilizar a pachamama – a deusa terra – e, dessa forma, contribuir para assegurar a subsistência, justificavam a sua suposta divindade junto das classes mais baixas.
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