terça-feira, 7 de julho de 2009

Carrinhos de supermercado

Era muito novinho quando perguntei à minha mãe a razão de ser necessário pôr moedas nos carrinhos dos supermercados para os poder usar. Foi no início das grandes superfícies porque no Polisuper lá ao pé de casa os carrinhos eram usados à vontade do freguês. Ela lá me explicou, com a paciência de mãe que fala com o miúdo, que era para que as pessoas deixassem o carro arrumado depois de o usarem. E a explicação dela lá me terá feito sentido na cabeça imberbe da altura.

E esse é talvez o motivo pelo qual me custa a perceber as moedas de plástico que o Continente faculta aos clientes. Porque se eu posso ir à menina do balcão à entrada e pedir-lhe uma dessas moedas vermelhas que simulam as de cinquenta cêntimos, então onde está o meu incentivo a arrumar o carrinho no final? Se o deixar abandonado no parque de estacionamento depois de me ter servido dele não perco os cinquenta cêntimos ou os cem paus do tempo em que fiz a pergunta à minha progenitora paciente. Ou será que a força do hábito se instalou ao ponto de superar a ausência de incentivo?

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