domingo, 19 de setembro de 2021

A blackfriar walks into a whitechapel #4

A Covid morreu. Poderia ser o lema, o mote dos britânicos, a fazer lembrar a célebre frase de Nietzsche. Ou pelo menos assim parece: há poucas pessoas a usar máscara em locais públicos, mesmo que fechados. Por exemplo, nos transportes públicos, nas lojas e supermercados, no cinema, nos espectáculos. Contrastamos de tal forma que, por vezes, sentimo-nos extra-terrestres de máscara posta. Apenas uma vez - para ver um concerto no Royal Albert Hall - nos foi exigido o certificado de vacinação.

É difícil conceber, tendo em conta o elevado número de casos diários de infeção e que os níveis de vacinação já não parecem assim tão impressionantes. Ainda para mais, a experiência de Israel - a candeia que alumia duas vezes ou canary in the coal mine - já havia exemplificado como 60-70% de pessoas totalmente vacinadas não impede o surgimento de surtos.  

No regresso a Lisboa - onde a percentagem de pessoas vacinadas é mais elevada e o número de infeções muito mais baixo -, dou por mim a andar na rua sem máscara e - uma vez mais, pelo contraste - a sentir a pressão social de a pôr.


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