Parece que se designa "house swap", um termo que, até então, me era totalmente desconhecido. E não estava sozinho na ignorância: já depois de ter dito a alguns amigos que ia fazer uma troca de domicílio por umas semanas, um deles perguntou-me se sempre ia fazer o tal "swing".
O resto é história. Enfim, uma história um pouco mais longa e com alguns contratempos. A primeira tentativa foi em Maio, com data prevista para Junho. Infelizmente, já com tudo combinado com a outra parelha, bilhetes comprados, testes à Covid comprados e muito investimento emocional, o governo britânico colocou Portugal na lista âmbar. Parece pouco significativo mudar de verde para uma espécie de amarelo mas esta alteração implicaria uma quarentena de 14 dias à chegada ao Reino Unido, mesmo que tivéssemos testes à Covid negativos. Escusado será de dizer que 14 dias obrigatoriamente em casa deitariam por terra o propósito da aventura.
Enterrámos o assunto, chateados. O Freud diria que a experiência ficou recalcada e eu digo que gerou mau-humor e frustração. Sem antever um upgrade de Portugal que levasse o país novamente ao topo-de-gama da lista verde, não haveria outra possibilidade, disse eu, a certa altura, pesaroso e pouco esperançado.
Até que houve: apesar do Euro-cepticismo o governo britânico passou (finalmente!) a aceitar o certificado de vacinação da União Europeia (aquela coisa da qual faziam parte até há coisa de uns dias). Em consequência, mesmo oriundos de um país colocado na lista âmbar, ser-nos-ia permitido entrar em terras de Sua Majestade sem obrigatoriedade de quarentena.
Falámos novamente com a parelha. Exumámos a ideia, ajustando os dias para o final do verão. Marcámos o voo para o dia imediatamente a seguir aos 14 dias sobre a data de última vacina do meu certificado. E foi assim que aqui chegámos.
Sem comentários:
Enviar um comentário