Esperaria encontrar as célebres diferenças entre o norte e o sul de Itália, de que amiúde se ouve falar. Mas não esperava que fossem tão grandes. Ali senti que não se trata de meras diferenças, mas sim de autênticas clivagens. É surpreendente o quão diferente Nápoles pode ser da capital do país que fica a (escassos?) 200 kms.
Do aspecto da cidade e da paisagem urbana, das pessoas e até à própria forma como falam. Embora este último aspecto fosse algo que já tinha relativamente presente, fruto da convivência diária, durante um certo período de tempo, com um napolitano. Outros italianos oriundos de outras regiões do país diziam que o italiano dele era diferente e ele próprio dizia que a única língua que sabia verdadeiramente falar era o napolitano.
Depois de ler um pouco sobre a origem e a história da cidade, talvez seja mais fácil perceber o que senti. E a isto relembrando também que a Itália era um conjunto de cidades que se juntaram num país há menos de 200 anos, algo que, na qualidade de portugueses, por vezes não pensamos muito, dada a nossa uniformidade e coesão relativamente elevada. Agora se esta é uma característica de países ou territórios que se formaram da junção de cidades-Estado ou onde estas eram as formas típicas de organização, aí está uma boa pergunta para fazer a um grego.
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