Legível pelo lado de dentro do campo. Os prisioneiros eram confrontados com a frase duas vezes por dia, na parada ao início da manhã e ao final da tarde, como que para serem relembrados da sua constante presença. Significa “a cada o seu”, uma espécie de cada um merece o que tem. Que é pior do que isso, porque esta expressão normalmente assume que aquilo que as pessoas têm depende das acções que levaram a cabo: se tiverem sido boazinhas, então a vida sorri; se tiverem sido mazinhas, então sofrem as consequências. Ora, no caso de Buchenwald, não é nada disso que se trata. Ninguém está ali senão por aquilo que fez mas sim por aquilo que é, ou seja, sobre aquilo que não depende de uma escolha e que não passível de ser controlado. Logo, é mais uma espécie de cada macaco no seu galho. Mas um cada macaco no seu galho muito cínico.
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