O contrário de papagaio é mamagaio.
Copyright devido ao CT
terça-feira, 30 de junho de 2009
Turvo
Um dos maiores atestados de estupidez que já me passaram aconteceu este fim-de-semana. Andam para aí a marcar eleições legislativas e autárquicas em dias diferentes para não criar “confusão no eleitorado”.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
UVA/UVB
Mergulhar com o corpo besuntado de protector solar resulta num deslize prolongado. Os nadadores profissionais deviam explorar esta técnica.
domingo, 28 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Babel
«New Guinea has by far the higheast concentration of languages in the world: 1000 out of the world’s 6000 languages, crammed into na area only slightly larger than that of Texas, and divided into dozens of language families and isolated languages as different from each other as English is from Chinese. Nearly half of all New Guinea languages have fewer than 500 speakers, and even the largest language groups (still a mere 100,000 speakers) were politically fragmented into hundreds of villages, fighting as fiercely with each other as with speakers of other languages.»
Guns, germs and steel, Jared Diamond
Guns, germs and steel, Jared Diamond
quinta-feira, 25 de junho de 2009
“Se a gente o contrareia…”
Disse a senhora que me cortou o cabelo, referindo-se a um dos dois redemoínhos que serpenteiam no meu couro cabeludo. Foi num daqueles salões de barbeiros à antiga, rectangulares, com os cadeirões metálicos bojudos. O apoio para os pés tinha Lisboa escrito, fez-me confusão pisar o raio da cidade.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Sport TV 2
Ainda vi um bocado do jogo da Michelle Grito (piada gentilmente cravada à SS). Ou Michelle de Grito. Esteve bem do ponto de vista tenístico – embora tenha perdido – dará seguramente uma futura campeã. Do ponto de vista gutural, aí não esteve tão bem. Não deu asas à sua potência vocal. De todo. A própria Schiavone chegou a fazer-se ouvir mais do que ela, o que é obviamente estranho, uma vez que a Michelle está no topo do ranking do guincho.
Isto leva-nos a outra questão. O dia de hoje viu terminar a possibilidade do duelo maior do ténis feminino na actualidade: um encontro que oporia a Sharapova à Michelle (e isto é uma piada em colaboração com a AFC e com o BA) (hoje estou um cravas). Os espectadores far-se-iam acompanhar de tampões para os ouvidos, como se fossem assistir a uma prova de F1 muito muito perto dos carros.
Isto leva-nos a outra questão. O dia de hoje viu terminar a possibilidade do duelo maior do ténis feminino na actualidade: um encontro que oporia a Sharapova à Michelle (e isto é uma piada em colaboração com a AFC e com o BA) (hoje estou um cravas). Os espectadores far-se-iam acompanhar de tampões para os ouvidos, como se fossem assistir a uma prova de F1 muito muito perto dos carros.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Diapasão
Já a vi umas quantas vezes, sentada num banco de madeira no paredão. Ali entre o café da praia da Rata e aquele final do paredão que termina na praia de Cascais. Sentada de guitarra na mão, toca e canta com o saco do instrumento aberto no chão em frente, recipiente improvisado para trocos e esmolas. Tem cara de estrangeira, o cabelo à foda-se faz-me lembrar o Bono, futebolistas e cantores pimba: relativamente curto no cocuruto, a escorrer de comprido atrás, a morrer no início das costas. Os óculos escuros muito redondos, estilo hippie ou John Lennon. Talvez por isso cante o Lucy in the sky with diamonds. Quando passo no sentido de Cascais, ouço três ou quatro ou cinco vezes o refrão. Reparo que não está confortável naquele tom, está a esforçar demasiado a voz porque o tom é demasiado agudo para ela e que tem dificuldade em fazer acordes com travessão. Pouco depois, após subir a rampa, descer as escadas ao lado do Salamandra que cheiram sempre a mijo, passar pela praia, seguir para o sentido contrário, contornar a rocha e passar pelo restaurante, estou de novo a regressar à recta e volta-me ao ouvido o refrão. Parece um disco riscado, encalhada ad eternum naquelas palavras. A voz ainda mais esforçada que momentos antes, de certeza que está a ficar cansada. E há ali um momento. Um curto momento. Curtíssimo. Em que me vejo a abrandar o passo em direcção àquele banco, a interromper-lhe o refrão e a tentar explicar-lhe que só ganharia em tocar aquela música meio tom ou um tom abaixo porque está a ficar esganiçada. E que, já que estamos nisto, deveria tocar mais acordes abertos porque está a mandar algumas marteladas nos travessões. Mas sigo, prossigo, a voz esganiçada e o Lucy in the sky with diamonds, o ar estrangeiro, os óculos e o cabelo ficam para trás, morrem nas minhas costas à medida que passo o sítio onde estão os aparelhos de ginástica e começa aquela curva grande que só acaba perto do Tamariz.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Mancebo
O meu carro foi à inspecção e passou com nota máxima. Nem roda chata tem. Ora isso significa que vai à tropa. Ou seja, vai fazer-se um homenzinho. Vem de lá de barba rija, a saber fazer a cama e a engraxar os sapatos.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
O sorteio já está a decorrer em SW19
Quadro masculino:
El español Rafael Nadal, número uno del mundo, perdió ante el australiano Lleyton Hewitt en un partido de la exhibición que se disputa en el Hurlingham Club, en Londres, y dio muestras de no estar aún recuperado de su lesión de rodilla, lo que pone en duda su participación en Wimbledon.
Nadal, aquejado de un problema de rodilla desde su eliminación el pasado mes en los octavos de final de Roland Garros, estuvo lento en sus movimientos durante el partido con Hewitt, y perdió por 6-4 y 6-3.
El jugador español señaló, tras disputar el segundo encuentro, tomará su decisión sobre su participación en el All England Tennis Club, donde defiende el título, y la comunicará en conferencia de prensa.
Quadro feminino:
As there will on Michelle Larcher De Brito, the 16-year-old from Portugal, who was surprisingly handed a main-draw wildcard along with Laura Robson and the usual collection of Brits on Monday night.
De Brito became a minor sensation at Roland Garros with her ridiculous screaming during rallies. She also has a very unsporting habit of wildly celebrating opponents' errors.
One of her opponents in Paris complained, the umpire told her to turn the noise down, but nothing further was done and she charmed us afterwards with an engaging defence of her one-woman cacophony.
But the authorities are known to be concerned (there is pretty much universal agreement that the screams (not grunts) are way over the top) and she now faces a tabloid frenzy at SW19.
The newshounds will chase her down Somerset Road and the radio programmes will be full of her high-pitched firework display, unless her advisors can get her to see sense.
Her tennis is good enough to make the headlines but, if she draws a top seed in the first round and gets placed on Centre Court (possibly under the roof), there will only be one story in town.
El español Rafael Nadal, número uno del mundo, perdió ante el australiano Lleyton Hewitt en un partido de la exhibición que se disputa en el Hurlingham Club, en Londres, y dio muestras de no estar aún recuperado de su lesión de rodilla, lo que pone en duda su participación en Wimbledon.
Nadal, aquejado de un problema de rodilla desde su eliminación el pasado mes en los octavos de final de Roland Garros, estuvo lento en sus movimientos durante el partido con Hewitt, y perdió por 6-4 y 6-3.
El jugador español señaló, tras disputar el segundo encuentro, tomará su decisión sobre su participación en el All England Tennis Club, donde defiende el título, y la comunicará en conferencia de prensa.
Quadro feminino:
As there will on Michelle Larcher De Brito, the 16-year-old from Portugal, who was surprisingly handed a main-draw wildcard along with Laura Robson and the usual collection of Brits on Monday night.
De Brito became a minor sensation at Roland Garros with her ridiculous screaming during rallies. She also has a very unsporting habit of wildly celebrating opponents' errors.
One of her opponents in Paris complained, the umpire told her to turn the noise down, but nothing further was done and she charmed us afterwards with an engaging defence of her one-woman cacophony.
But the authorities are known to be concerned (there is pretty much universal agreement that the screams (not grunts) are way over the top) and she now faces a tabloid frenzy at SW19.
The newshounds will chase her down Somerset Road and the radio programmes will be full of her high-pitched firework display, unless her advisors can get her to see sense.
Her tennis is good enough to make the headlines but, if she draws a top seed in the first round and gets placed on Centre Court (possibly under the roof), there will only be one story in town.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Companhias aéreas
Um dia escrevo qualquer coisa sobre o mau serviço que as companhias aéreas prestam. Prometo. Para já, para abrir o apetite:
«Today in America commercial planes are little more than winged buses, and the airlines, without detectable exception, regard passengers as irksome pieces of bulk freight that they consented, at some time in the remote past, to carry from place to place and now wish they hadn’t.
Take the safety demonstration. Why after all these years do flight attendants still put a life vest over their heads and show you how to pull the little cord that inflates it? In the history of commercial aviation no life has been saved by the provision of life vests. I am especially fascinated by the way they include a little plastic whistle on each vest. I always imagine myself plunging vertically towards the ocean at 1,200 miles an hour and thinking: ‘Well, thank gosh I’ve got this whistle.’»
Notes from a big country, Bill Bryson
«Today in America commercial planes are little more than winged buses, and the airlines, without detectable exception, regard passengers as irksome pieces of bulk freight that they consented, at some time in the remote past, to carry from place to place and now wish they hadn’t.
Take the safety demonstration. Why after all these years do flight attendants still put a life vest over their heads and show you how to pull the little cord that inflates it? In the history of commercial aviation no life has been saved by the provision of life vests. I am especially fascinated by the way they include a little plastic whistle on each vest. I always imagine myself plunging vertically towards the ocean at 1,200 miles an hour and thinking: ‘Well, thank gosh I’ve got this whistle.’»
Notes from a big country, Bill Bryson
quarta-feira, 17 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
Desgaste
A propósito da notícia de que o Cristiano Ronaldo vai pagar 24% (taxa aplicável em Espanha a quem aufere um salário mínimo) de imposto sobre os 9 ou 10 milhões de euros anuais que vai receber. Num contexto diferente (uma vez que esta medida espanhola foi feita para atrair estrangeiros qualificados e não tem a ver com a durabilidade da carreira) o estatuto tributário vantajoso das profissões de desgaste rápido devia ter um nível salarial a partir do qual os atletas que o atingissem ou superassem deveriam pagar como os comuns mortais. É certo que a maioria dos atletas não cumpre esse requisito e deve beneficiar da isenção. Mas não faz sentido que, por exemplo, futebolistas dos grandes clubes não contribuam mais, pese embora o facto de arrumarem as botas aos 30 e poucos anos.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Mein Hut hat drei Ecken
Aquele canto. Aquele raio daquele canto. Naquela altura, Lisboa era-me estranha, território inóspito fora dos mapas do mundo conhecido. De maneira que cruzava as ruas sem ter a mínima ideia de onde estava, os nomes dos sítios, as proximidades, as relações. O único ponto de apoio era a estação de metro e o caminho até lá. Tudo o resto era aventura.
E, na pausa para almoço, lembro-me que nos sentámos naquele canto. No final da avenida de que gostei. Talvez porque fosse de calçada, vedada à confusão dos carros, repleta das cores das árvores. Ou então porque era diferente. Uma espécie da avenida Diagonal de Barcelona que, na altura, também não existia na minha cabeça.
A avenida terminava nesse canto, onde a sua diferença era anulada para se fundir novamente com a normalidade das paralelas e perpendiculares, os quarteirões e esquinas. Onde nos sentámos, ao almoço acho eu. Não sei se ainda a comer qualquer coisa, não sei se já depois de ter comido e a fazer tempo para voltar. O canto era e é ocupado por um pequeno canteiro e foi no rebordo que nos sentámos.
Perdi a conta às vezes que passo nesse canto onde nos sentámos. Ali. É estranho saber agora os nomes das coisas. Os lugares. Onde cruza, onde passa, onde vai dar, perto de quê. A avenida de calçada, diagonal a encalhar nas paralelas e perpendiculares, a terminar no canto com o canteiro, em cujo rebordo nos sentámos. A almoçar? A terminar o almoço?
Agora sei os nomes. Tudo. Nada me confunde, já não há o desconhecido, aquela sensação de exótico em Lisboa. Lisboa já pouco ou nada tem de exótico Excepto nestas sensações. Nas sensações de que, em tempos, a calçada, as ruas, o asfalto, os táxis, os carris dos eléctricos que já não passam, que praticamente nunca passaram, tudo isto não tinha nomes nem relações nem proximidades.
Se, por acaso, vos falasse nisto iriam achar estranho. Ridículo. O sítio onde nos sentámos a almoçar, depois de almoçar. Que era um canto. Se calhar nem se vão lembrar, se por acaso vos falasse nisto. E tudo agora tem nomes. Sei onde começa e onde acaba, donde vem e para onde vai.
O canto. Não gosto daquele canto, pese embora a avenida de calçada sem a confusão dos carros e com as árvores. A avenida diferente por diagonal no meio daquele mar de paralelas e perpendiculares. Nem assim consigo continuar a gostar, deixei de gostar. Aquele canto é uma afronta.
Porque me diz que já não há nada de novo.
E, na pausa para almoço, lembro-me que nos sentámos naquele canto. No final da avenida de que gostei. Talvez porque fosse de calçada, vedada à confusão dos carros, repleta das cores das árvores. Ou então porque era diferente. Uma espécie da avenida Diagonal de Barcelona que, na altura, também não existia na minha cabeça.
A avenida terminava nesse canto, onde a sua diferença era anulada para se fundir novamente com a normalidade das paralelas e perpendiculares, os quarteirões e esquinas. Onde nos sentámos, ao almoço acho eu. Não sei se ainda a comer qualquer coisa, não sei se já depois de ter comido e a fazer tempo para voltar. O canto era e é ocupado por um pequeno canteiro e foi no rebordo que nos sentámos.
Perdi a conta às vezes que passo nesse canto onde nos sentámos. Ali. É estranho saber agora os nomes das coisas. Os lugares. Onde cruza, onde passa, onde vai dar, perto de quê. A avenida de calçada, diagonal a encalhar nas paralelas e perpendiculares, a terminar no canto com o canteiro, em cujo rebordo nos sentámos. A almoçar? A terminar o almoço?
Agora sei os nomes. Tudo. Nada me confunde, já não há o desconhecido, aquela sensação de exótico em Lisboa. Lisboa já pouco ou nada tem de exótico Excepto nestas sensações. Nas sensações de que, em tempos, a calçada, as ruas, o asfalto, os táxis, os carris dos eléctricos que já não passam, que praticamente nunca passaram, tudo isto não tinha nomes nem relações nem proximidades.
Se, por acaso, vos falasse nisto iriam achar estranho. Ridículo. O sítio onde nos sentámos a almoçar, depois de almoçar. Que era um canto. Se calhar nem se vão lembrar, se por acaso vos falasse nisto. E tudo agora tem nomes. Sei onde começa e onde acaba, donde vem e para onde vai.
O canto. Não gosto daquele canto, pese embora a avenida de calçada sem a confusão dos carros e com as árvores. A avenida diferente por diagonal no meio daquele mar de paralelas e perpendiculares. Nem assim consigo continuar a gostar, deixei de gostar. Aquele canto é uma afronta.
Porque me diz que já não há nada de novo.
domingo, 14 de junho de 2009
Não gosto de inverdades
Prefiro de longe mentiras.
sábado, 13 de junho de 2009
O melhor que se arranja
É este presidente que, no dia do País e do Poeta, deposita flores na campa do Salgueiro Maia, depois do sucedido há anos, décadas. O melhor que se arranja é o sol e o calor de volta na quinta. A convidar até ao Abano. De manhã, porque depois o vento, cuja intensidade progride ao longo do dia, sopra demasiado a partir do início da tarde. O melhor que se arranja é um protector solar de factor 40 antigo, antiquíssimo, de quando fui em viagem de finalistas a Varadero e achei que tinha levar algo mesmo potente, tão potente quanto aquele sol revolucionário. O melhor que se arranja é (só) escaldar a parte de cima dos pés. Mesmo com o protector de factor 40 e mesmo evitando a hora do cancro. O melhor que se arranja é o Santo António e estes 30 e picos graus. Sardinhas no pão não me fazem ir daqui até ali, mas as bifanas e a cerveja fazem-me descer a Avenida, ir à Graça, ao Castelo e à Bica. O melhor que se arranja é a morcela e os pés cansados de tanto andar. O melhor que se arranja para explicar o tie-break do fim-de-semana passado em pleno Chartrier é este vídeo, lá para os 4m40. E mesmo assim falta o ponto para os 5-1. O melhor que se arranja é pôr o link e não mesmo vídeo aqui porque o "embedding disabled by request", diz o youtube. O melhor que arranja é este fim-de-semana calmo. De quem precisa de descansar. O melhor que se arranja é dormir até ao meio-dia. O melhor que se arranja é creme para pôr nos pés escaladados, pese embora o protector de factor 40 e a escolha adequada de horas de exposição solar. O melhor que se arranja é tempo duvidoso que, segundo as más línguas, estará aí já amanhã.
Isto foi o melhor que se arranjou.
Isto foi o melhor que se arranjou.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Três
Sempre que chego à entrada de Cascais pela marginal e vejo aqueles três pináculos lembro-me de coisas. Por exemplo, que um dos argumentos para mandar abaixo o Estoril-Sol foi a sua altura. No lugar do demolido hotel seriam erguidas urbanizações mais baixas e com uma volumetria menor. Lá está, como aqueles três mamarrachos mesmo virados para o mar, com Cascais à direita e o Estoril à esquerda. Mais fininhos, é certo. Mas três, a conta que Deus fez, ou lá como raio se diz. Por falar em contas, trata-se do metro quadrado mais caro do país. E a altura do Estoril-Sol era uma coisa insuportável.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
7 days
«States decide what may or may not be taught in their schools, and in many spaces, particularly in the Deep South, curricula must accord with very narrow religious views. In Alabama, for instance, it is illegal to teach evolution as anything other than an ‘unproven belief’. All biology textbooks must carry a disclaimer stating ‘This textbook discusses evolution, a controversial theory some scientists present as a scientific explanation for the origin of living things.’ By law, teachers much give equal weight to the notion that Earth was created in seven days and everything on it – fossils, coal deposits, dinossaur bones – is no more than 7,500 years old. I don’t know what slogan Alabama puts on its number plates, but ‘Proud to Be Backward’ sounds apt to me.»
Notes from a big country, Bill Bryson
Notes from a big country, Bill Bryson
quarta-feira, 10 de junho de 2009
MEC n'O Público de ontem
«Tudo muito fraquinho - Para interpretar os resultados eleitorais sem ter que sair do bar, basta olhar para as garrafas à sua frente e aplicar a tabela dos bêbados. É só converter as percentagens dos partidos em graduações alcoólicas.
Só com 40 graus é que há motivo para festa, entrando-se no estonteante mundo dos destilados. 43 ainda é mais excitante, alcançando os whiskies mais sérios e os gins mais puxadotes. Como se vê, também são estes os números das vitórias retumbantes e das maiorias absolutas.
Entre 35 e 37,5 encontram-se as mais pindéricas vodkas e os mais rascas gins e runs, diluídos com mão pesada, porque a água é mais barata e mais saborosa do que o álcool. Mas, pronto, ainda se podem aproveitar para coquetéis manhosos, disfarçando o gosto com sumos de frutas.
Pois o PSD nem isso teve. Teve 32 graus. Esqueçam as bebidas de adultos. Quando muito, é um licor de peppermint ou uma daquelas vodkas horríveis com sabor a fruta, concebidas para ajudar os adolescentes a fazer a transição dos rebuçados para o álcool. Quanto ao PS, teve 27 graus – é um pobre Pimm’s, sem contar com a gasosa. Na melhor das hipóteses, é uma ginjinha caseira.
Já o BE passou da mera cerveja a vinho de mesa, com uns belos 11 graus. A CDU foi sempre vinho mas lá subiu de grau. E o CDS, que se dizia destinado a cerveja light, acabou como vinho verde de pipa, com 8,5 graus.
Enfim. Foram só aperitivos, licores e vinhos leves. Nada de whiskies ou aguardentes depois desta refeição mal regada.»
Só com 40 graus é que há motivo para festa, entrando-se no estonteante mundo dos destilados. 43 ainda é mais excitante, alcançando os whiskies mais sérios e os gins mais puxadotes. Como se vê, também são estes os números das vitórias retumbantes e das maiorias absolutas.
Entre 35 e 37,5 encontram-se as mais pindéricas vodkas e os mais rascas gins e runs, diluídos com mão pesada, porque a água é mais barata e mais saborosa do que o álcool. Mas, pronto, ainda se podem aproveitar para coquetéis manhosos, disfarçando o gosto com sumos de frutas.
Pois o PSD nem isso teve. Teve 32 graus. Esqueçam as bebidas de adultos. Quando muito, é um licor de peppermint ou uma daquelas vodkas horríveis com sabor a fruta, concebidas para ajudar os adolescentes a fazer a transição dos rebuçados para o álcool. Quanto ao PS, teve 27 graus – é um pobre Pimm’s, sem contar com a gasosa. Na melhor das hipóteses, é uma ginjinha caseira.
Já o BE passou da mera cerveja a vinho de mesa, com uns belos 11 graus. A CDU foi sempre vinho mas lá subiu de grau. E o CDS, que se dizia destinado a cerveja light, acabou como vinho verde de pipa, com 8,5 graus.
Enfim. Foram só aperitivos, licores e vinhos leves. Nada de whiskies ou aguardentes depois desta refeição mal regada.»
terça-feira, 9 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Cheira a eleições
Arranjaram o asfalto da Estefânia e (pasmo…!) da Casal Ribeiro.
domingo, 7 de junho de 2009
Youtube
Neste momento já há algumas coisas no youtube mas não o tiebreak. Quem é que quer saber do último a servir a 5-4 para o caneco ou os discursos e as lágrimas...??
Refilar
Não é correcto falar de voto de protesto com os resultados de hoje que dão a vitória ao PSD. A melhor designação seria voto fantasma. Enquanto isso, lanço protestos ao youtube porque ainda não estão disponíveis imagens do tie-break desta tarde, eventualmente, o melhor já jogado na História do ténis.
Aleluia, foda-se...! #2
El irrepetible tenista de Las Vegas, requerido para tan señalada ocasión, entregó el trofeo a un, cómo no, lacrimógeno campeón. En la victoria o en la derrota, Federer siempre llora. "Gracias por estar aquí, Andre", dijo ya repuesto, la Copa de los Mosqueteros al fin entre sus manos. "Tú fuiste el último en completar el Grand Slam. Ahora yo sé lo que se siente". Como Agassi, Federer triunfó en la capital francesa al undécimo intento.
sábado, 6 de junho de 2009
Alguém que me entende
«Time is my particular downfall. Once something moves into the past tense, I lose all track of it. My sincerest dread in life is to be arrested and asked: ‘Where were you between the hours of 8.50 a.m. and 11.02 a.m. on the morning of the eleventh of December?’ When this happens, I will just hold out my wrists for the handcuffs and let them take me away because there isn’t the remotest change of my recalling. It has been like this for me for as long as I can remember, which of course is not very long.»
Notes from a big country, Bill Bryson
Notes from a big country, Bill Bryson
sexta-feira, 5 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Rug
Nos filmes, os americanos têm todos uma chave de casa debaixo do tapete ou num vaso ao lado da porta. Sempre achei isto curioso. Não faz sentido nenhum num país com uma população prisional tão elevada.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Origem
Enquanto acontecimento, a concepção de Jesus Cristo é o Big Bang das religiões cristãs. Quer dizer, sem o bang, obviamente.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Receita
Pega-se em seis palavras alemãs (que até podiam ser sete, uma vez que Schifffart é, já de si, resultante de duas palavras diferentes):
Donau – Danúbio
Dampf – vapor
Schifffahrt – navegação
Gesellchaft – empresa
Käpitan – capitão
Mütze – boné/boina
Colocam-se pela ordem com aqui se apresentam individualmente. Bem juntinhas e usando o “s” para as colar até ficarem com o seguinte aspecto:
Donaudampfschifffahrtsgesellschaftskäpitansmütze
Esta palavra refere-se ao boné do capitão da empresa de navegação de barcos a vapor do Danúbio (ou que opera no Danúbio).
O campeonato da aglutinação é ganho, com aparente facilidade, pelos germânicos.
Donau – Danúbio
Dampf – vapor
Schifffahrt – navegação
Gesellchaft – empresa
Käpitan – capitão
Mütze – boné/boina
Colocam-se pela ordem com aqui se apresentam individualmente. Bem juntinhas e usando o “s” para as colar até ficarem com o seguinte aspecto:
Donaudampfschifffahrtsgesellschaftskäpitansmütze
Esta palavra refere-se ao boné do capitão da empresa de navegação de barcos a vapor do Danúbio (ou que opera no Danúbio).
O campeonato da aglutinação é ganho, com aparente facilidade, pelos germânicos.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
"I'm 18-2 against Roddick so you can imagine who."
O meu coração, o meu coração...
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