Cara franzida. Já tinha agarrado o livro mas a caneta continuava estacionada na mão. E olha lá, tens tocado? E, de repente, naquela pergunta estava um teste. Melhor: uma reprimenda. Expliquei-lhe. Largou-me um olhar de reprovação e começou finalmente a escrever na primeira folha. Com cara de quem faz um favor a quem não o merece. Tive que lhe prometer. Tive que me prometer. Que voltava. Agora era o momento ideal. Com um sorriso que resvalou para um risinho nervoso de quem é apanhado em falso. E que chocou de encontro ao silêncio dele. Um choque frontal. A dedicatória li-a depois de me afastar. Mais ou menos na altura em que percebi que ele tinha razão.
Sempre teve.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Os olhos pequeninos por detrás dos óculos de hastes metálicas.
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