Em bom rigor, Orbán apenas se antecipou a uma provável expulsão, espoletada por alterações às regras do partido recentemente aprovadas. Ainda assim, o registo do governo húngaro não é mau: só agora saem do partido de centro-direita. E este parece um desenlace pouco dramático, já que, pelo menos em tese, o regime autocrático da Hungria - assim como dos restantes países do grupo de Visegrado - colide frontalmente com os valores democráticos da União Europeia.
A única vez que a porta de saída da UE foi mostrada a um país foi à Grécia do Syriza. É certo que também havia umas pequeníssimas questões pecuniárias envolvidas e, ao que parece, o dinheiro tem o dom de se imiscuir em muitas decisões. Ainda assim, parece haver maior tolerância europeia para países com regimes irritantes mas de direita, do que outros com regimes igualmente irritantes mas de esquerda.
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