quinta-feira, 8 de outubro de 2020

É uma rua que me aparece, de vez em quando, em sonhos e que não sei localizar.

De todo. Parece estreita, ladeada de casas velhas e carcomidas, janelas que abrem para estendais com roupa a secar ao céu cinzento. O pavimento de paralelepípedos é rasgado pela linha metálica do eléctrico e não se vê um carro. Do meu ponto de observação, algures no passeio do lado direito, vejo a ligeira inclinação que desce à frente dos meus olhos. Não sei onde termina: uma curva à direita impede-me de ver muito mais a partir do sítio onde estou, e donde parece que não vou sair.  

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