Dentro da caixa do correio, no final da semana passada, um envelope que não deixa entender quem é o remetente. Lá dentro, uma carta de Assunção Cristas para mim, na qualidade de morador de Lisboa, cidade pela qual será candidata nas próximas eleições autárquicas de Outubro.
Em baixo, à direita - seguramente um posicionamento não acidental - salta à vista uma fotografia da candidata empunhando um bonito sorriso, contra um fundo de um painel de azulejos, cujo friso delimita perfeitamente o papel da carta. O contraste da fotografia do cabelo e da camisola beige de Cristas com os azulejos brancos com motivos azuis é excessivo, dá a entender que se trata de uma montagem.
Na saudação lê-se "Olá! Bom ano!".
Ao longo da carta - que contém três parágrafos iniciais de 3-4 linhas e, de seguida, duas frases de duas linhas e duas de uma linha - menciona o nome da cidade cinco vezes, escreve a palavra "Cidade" (com maiúscula) três vezes e usa várias exclamações (quatro). Resumidamente, para além de referir a sua candidatura - "com grande sentido de responsabilidade" e "entusiasmo" e "determinação" e "desafio" (duas vezes) - diz-nos que se tem preparado afincadamente nos últimos tempos - "mais de meia centena de reuniões e iniciativas" - e que gostaria "muito de poder contar com a sua opinião e ideias".
Para o efeito, dentro do mesmo envelope encontra-se um pequeno questionário que podemos preencher com ideias e sugestões, bem como um outro envelope, com portes pagos, para remeter a resposta.
Termina "Com um beijinho". Assina Assunção.
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