Um café e um copo de água
que o empregado pouco depois deposita na mesa metálica, naquelas de esplanada que parece que têm pequenas formas geométricas que brilham de forma diferente, que reflectem a luz do sol de forma diferente. Antes disso passou um pano húmido sobre o tampo, antes ainda disso levantou a louça
Um café e um copo de água?
da pessoa ou das pessoas que se sentaram naquela mesa virada para a janela sem vidros com vista para o mar antes de mim. Rodelas de copos ou garrafas de fundo molhado no tampo, outras nódoas ou migalhas. Marcas do sal que corroem o metal, assim como na porta, na antena parabólica no telhado, na caixilharia da janela, mesmo à minha frente, sem vidros, virada para o mar. Bebo o café - devagar, está quente - enquanto olho para as letras no pacote de açúcar, algo entre um horóscopo sem datas e uma fortune cookie. A gota que escorre ao longo do copo de água chega até ao final e toca no tampo metálico das formas geométricas, a base do copo, molhada, deixa uma rodela, assim como a base da chávena no pires.
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