Dizes-me que és tu com alguma surpresa, estranheza por eu não ter percebido logo.
Mas não pareces tu.
Tens uma expressão na cara que não estou habituado a ver, não costuma estar nem ficar na tua cara. Nem sequer é uma daquelas expressões fugidias que fazemos apenas por breves instantes sem dar por isso, expressões que são apenas transitórias entre outras duas e de que às vezes as fotografias se apercebem e imortalizam e nos deixam a pensar como pode aquela cara ser nossa, já que a não reconhecemos. Não é nada disso, é uma expressão que nunca te vi de todo na cara.
Será doutro tempo, será doutra altura?
Imagino-te mais nova – eras mais nova seguramente. Tento imaginar o que poderá ter despoletado a tua expressão. Pareces feliz.
Será isso, estavas feliz?
Tento imaginar-te feliz.
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