Sempre – desde que me lembro – gostei de coisas verdes, tipo couves e brócolos e nabiças e espinafres e alface e lombardo. Também nunca não gostei de sopa. Há poucas coisas que, de facto não gosto. Curiosamente, a maioria das vezes que torço o nariz é devido a doces. Especialmente aqueles doces que são muito doces: enjoam-me. Fios de ovos, a maioria dos doces conventuais, baba de camelo. Até a mousse de chocolate, e logo eu que gosto imenso de chocolate. Tirando isso, não morro de amores por nabo. E iscas não consigo gostar.
Fui aprendendo a gostar de algumas coisas pelo caminho. Por exemplo, favas. Com vinho tinto. Embirrava quando era miúdo e agora a perspectiva de favas guisadas para um almoço de fim-de-semana é agradável. Até o sushi, cujo cheirinho a Doca Pesca era suficiente para me demover, agora me parece óptimo.
De maneira que gostava de ter mais manias a comer. Ser pisco. Só assim uma vez por outra. Para dar um certo ar elevado e chique. As pessoas elevadas e chiques têm sempre umas quantas esquisitices. Não gosto disto porque não sei quê. Coisas verdes, blarg. Sopa, que chatice. Ai que porcaria.
terça-feira, 30 de março de 2010
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